Este estudo buscou verificar as principais queixas dos genitores que sofreram o processo de alienação parental, bem como o impacto do fenômeno em suas vidas, assim como a relação com sua prole foi afetada. Para tanto, foram entrevistados 5 (cinco) psicólogos clínicos e judiciais de abordagem psicanalítica atuantes no Brasil que acompanhem ou tenham acompanhado tais genitores, tendo os dados coletados sido analisados e organizados segundo o método qualitativo. Observou-se que o tempo para os genitores alienados tomarem ciência do fenômeno vem sendo reduzido à medida em que este e a Lei de Alienação Parental se tornam mais conhecidos. Constatou-se, ainda, que os indivíduos mais saudáveis emocionalmente tendem a dar-se conta rapidamente do fenômeno e que a ciência deste depende também da forma de alienação parental praticada. As principais queixas apresentadas são os sentimentos de impotência, raiva e dor. Além disso, esses genitores lastimam-se da morosidade, burocracia e formalidade do Poder Judiciário, sentindo-se desmoralizados e desacreditados ao verificarem que os genitores alienadores não sofrem sanções. Afetados do sexo masculino queixam-se da postura misândrica por parte da Justiça. O fenômeno pode interferir na relação e no convívio entre genitores alienados e filhos ao atingirem estes a idade adulta. O psicólogo pode auxiliar esses genitores no resgate da autoestima e no enfrentamento do desgaste emocional. É importante que o assunto seja amplamente debatido e trazido ao conhecimento da população, sendo necessário um maior reconhecimento de seus impactos, bem como uma maior sensibilização dos operadores do Direito ao lidarem com o tema.
The purpose of this study is to investigate and understand the concerns of parents who experienced parental alienation, and the impact of the phenomenon on their lives and how the relationship with their children is affected. Five clinical and judicial psychologists were interviewed in Brazil, who work or have worked with such parents. The results were analyzed and organized using the qualitative method. As the Parental Alienation Law has become better known, affected parents more quickly recognize the phenomenon. It was also observed that the most emotionally healthy individuals tend to become aware of the phenomenon quickly, and their awareness depends on how the parental alienation is practiced. The main complaints presented were feelings of helplessness, anger and pain. In addition, these parents complained about the slowness, bureaucracy and formality of the Judiciary, feeling demoralized and discredited when learning that there are no penalties for alienating parents. Affected males complain about the judicial prejudice against them. The phenomenon can interfere in the relationship between alienated parents and their children later in life when they reach adulthood. The psychologists can assist these parents in recovering self-esteem and coping with emotional distress. The phenomenon is an important matter and should be brought to the attention of the general public, where a debate should take place to better understand its effects and develop mitigations to prevent its occurrence. It’s also important that officers of the court and legal system recognize the syndrome.
Este estudio buscó verificar las principales quejas de los padres que sufrieron el proceso de alienación parental, así como el impacto del fenómeno en sus vidas y cómo se vio afectada la relación con sus hijos. Para ello, se entrevistó a 5 (cinco) psicólogos clínicos y judiciales con enfoque psicoanalítico, que trabajan o han acompañado a estos padres, y los datos recolectados fueron analizados y organizados según el método cualitativo. Se observó que el tiempo para que los padres alienados tomen conciencia del fenómeno se ha ido reduciendo a medida que éste y la Ley de Alienación Parental se hacen más conocidos. También se notó que los individuos más sanos emocionalmente tienden a tomar conciencia del fenómeno rápidamente y que la ciencia del mismo también depende de la forma de alienación parental practicada. Las principales quejas que se presentan son sentimientos de impotencia, enfado y dolor. Además, estos padres lastiman la lentitud, burocracia y formalidad del Poder Judicial, sintiéndose desmoralizados y desacreditados al comprobar que los padres alienantes no sufren sanciones. Los varones afectados se quejan de la actitud misándrica de la Justicia. El fenómeno puede interferir en la relación y en la convivencia entre padres e hijos alienados cuando llegan a la edad adulta. El psicólogo puede ayudar a estos padres a recuperar la autoestima y hacer frente al agotamiento emocional. Es importante que el tema sea ampliamente debatido y llamado a la atención de la población, requiriendo un mayor reconocimiento de sus impactos, así como una mayor conciencia de los operadores de la Ley a la hora de abordar el tema.
