A alimentação dos adventistas na Amazônia: a reima no cotidiano da população do Estado do Pará e suas similaridades com a dieta adventista

Kairós

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ISSN: 2357-9420/1807-5096
Editor Chefe: Dr. Renato Moreira de Abrantes
Início Publicação: 20/01/2004
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Ciências Humanas, Área de Estudo: Antropologia, Área de Estudo: Ciência política, Área de Estudo: Educação, Área de Estudo: Filosofia, Área de Estudo: Psicologia, Área de Estudo: Sociologia, Área de Estudo: Teologia, Área de Estudo: Linguística, Letras e Artes, Área de Estudo: Multidisciplinar, Área de Estudo: Multidisciplinar

A alimentação dos adventistas na Amazônia: a reima no cotidiano da população do Estado do Pará e suas similaridades com a dieta adventista

Ano: 2023 | Volume: 19 | Número: 1
Autores: I. Fuckner
Autor Correspondente: I. Fuckner | [email protected]

Palavras-chave: Hábitos Alimentares, Dieta Adventista, Comida Reimosa.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

O presente relato é a exposição sobre os hábitos alimentares dos Adventistas do Sétimo Dia, que assim se autodenominam porque aguardam a segunda vinda de Jesus à Terra para restaurá-la e se empenham na preservação do sábado como um dia de descanso e adoração. Além disso, os adventistas procuram manter estritos cuidados com o corpo por meio de uma dieta alimentar “natural” e vegetariana ou, pelo menos, em conformidade com as restrições contidas nos textos bíblicos da Thorá hebraica, conhecida como Pentateuco pelos cristãos. Neste texto, o leitor conhecerá, mais especificamente, a relação desse grupo religioso com alimentos de origem animal, registrados no Levítico e no Deuteronômio. Trata-se da análise dos hábitos de adventistas do sétimo dia residentes na cidade de Belém, no Pará (Brasil - Amazônia). Compara-se tais práticas com tabus alimentares encontrados na região, conhecidos popularmente como reima. A palavra é utilizada na localidade para referir-se aos alimentos que podem fazer mal a determinadas pessoas, em certas circunstâncias específicas. Por exemplo: mulheres parturientes ou menstruadas e pessoas detentoras de algum ferimento, entre outras possibilidades. Muitos paraenses utilizam as expressões “comida remosa” para identificarem aquilo que não serve para sua alimentação, conceito utilizado nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste do Brasil. A narrativa é resultado de trabalho de campo em duas igrejas adventistas, cuja etnografia é acompanhada com interpretações de Mary Douglas e de antropólogos da região Norte do país: Maria Angelica Motta-Maués e Raymundo Heraldo Maués.



Resumo Inglês:

The present relate is an exposition on the eating habits of Seventh-day Adventists, who call themselves that because they await the second coming of Jesus to Earth to restore it and are committed to preserving the Sabbath as a day of rest and worship. In addition, Adventists seek to maintain strict body care through a “natural” and vegetarian diet or, at least, in accordance with the restrictions contained in the biblical texts of the Hebrew Thorah, known as the Pentateuch by Christians. In this text, the reader will know, more specifically, the relationship of this religious group with food of animal origin, recorded in Leviticus and Deuteronomy. It is specifically about the analysis of the habits of Seventh-day Adventists residing in the city of Belém, in Pará (Brazil - Amazon). Such practices are compared with food taboos found in the region, popularly known as reima. The word is used in the region to refer to foods that can harm certain people, in certain specific circumstances. For example: pregnant or menstruating women and people with injuries, among other possibilities. Many people from Pará use the expression “comida remosa” to identify what is not suitable for their diet; This concept can be found in the North, Northeast and Midwest regions of Brazil. The narrative is the result of fieldwork in two Adventist churches, whose ethnography is accompanied by interpretations by Mary Douglas and anthropologists from the northern region of the country: Maria Angelica Motta-Maués and Raymundo Heraldo Maués.