Alimentos funconais vs. fitoquímicos isolados: O que prescrever?

Revista Brasileira De Nutrição Funcional

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ISSN: 21764522
Editor Chefe: [email protected]
Início Publicação: 30/04/2010
Periodicidade: Trimestral
Área de Estudo: Nutrição

Alimentos funconais vs. fitoquímicos isolados: O que prescrever?

Ano: 2012 | Volume: 14 | Número: 49
Autores: I. R. O. PEREIRA
Autor Correspondente: I. R. O. PEREIRA | [email protected]

Palavras-chave: Alimento funcional; Medicamentos fitoterápicos; Suplementação alimentar; Fitoterapia.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

O alimento funcional possui um papel potencial benéfico na redução do risco de doenças crônico-degenerativas. Estudos epidemiológicos verificaram, ao longo da história, que o consumo de alimentos integrais, como frutas, legumes e grãos, está associado ao risco reduzido de câncer e outras doenças crônicas, surgindo a hipótese de que alguns componentes específicos seriam os responsáveis pela ação observada. Esta revisão bibliográfica foi proposta com o objetivo de trazer conhecimentos mais claramente definidos sobre os limites do uso e os benefícios dos alimentos funcionais e compostos fitoquímicos isolados frente aos mais recentes estudos científicos e à legislação pertinente. Os compostos fitoquímicos são compostos químicos não-nutrientes biologicamente ativos presentes em plantas e alimentos de origem vegetal. O isolamento de compostos fitoquímicos traz inúmeras vantagens, como a possibilidade da utilização de altas doses de um componente bioativo para testar efeitos biológicos ainda desconhecidos e melhor observação do efeito preventivo e interações. Porém, estudos revelam que fitoquímicos isolados não necessariamente exercem os mesmos efeitos benéficos para a saúde que quando estão no alimento fonte, podendo apresentar perda de atividade biológica, comportamento diferente e até mesmo toxicidade, além de serem considerados medicamentos e não mais alimentos, e, portanto, precisar de prescrição médica. A escolha da forma de uso de um alimento ou fitoquímico depende do objetivo do uso: redução do risco, prevenção ou tratamento, embora o limite entre esses parâmetros seja tênue. O uso do alimento integral deve ser sempre priorizado, seguido das formas desidratadas e de extratos brutos que preservem os componentes para permitir uma maior interação entre eles. Uma alternativa é o uso de fitoquímicos isolados associados, que demonstra efeitos de potencialização.



Resumo Inglês:

Functional foods, like all foods or ingredients with allegations of functional properties, have a potential role in reducing the risk of development of chronic degenerative diseases. As epidemiological studies have shown, in the course of history, that the consumption of whole foods, such as fruits, vegetables and grains, is directly associated with a reduction in the risk of development of cancer or associated diseases, it was suggested that some components of these foods were responsible for this effect. The aim of this literature review is to collect clear knowledge, based on the most recent studies and regulatory laws, about the benefits and limits to the use of functional foods and isolated phytochemical compounds. Phytochemicals are non-nutritive, biologically active compounds present in
plants and plant foods. The isolation of phytochemical compounds has many advantages, such as providing higher doses of a bioactive component to test for biological effects yet unknown, and better Observation of preventive effects and interactions. However, studies have shown that isolated phytochemical compounds do not necessarily have the same beneficial health effects as the source foods, and may have lower biological activity, different behavior and even toxicity, in addition to being considered medicines rather than foods, thus requiring medical prescription. Whether to use a food or a phytochemical depends on the goal: risk reduction, prevention or treatment; however, the boundary between these parameters is tenuous. The use of whole foods must be prioritized, followed by the use of
dehydrated forms and extracts which preserve the integrity of the components and allow better interaction between them. An alternative is the use of associations of isolated phytotherapics, with has shown potentializing effects.