A incapacidade de desenvolver a linguagem é um dos primeiros sinais de autismo. Esta revisão consolida o que se sabe sobre os precursores verbais e pré-verbais do desenvolvimento da linguagem como uma estrutura para examinar anomalias comportamentais e cerebrais relacionadas à fala e linguagem nos transtornos do espectro do autismo. Trata-se de um estudo de revisão integrativa da literatura, realizado por meio de levantamento bibliográfico baseado na busca de artigos na Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) utilizando a base de dados MEDLINE/PUBMED, nos idiomas português e inglês, do período de 2019 a 2022. A capacidade de identificar a assinatura neural desse déficit em crianças muito pequenas tem se tornado cada vez mais importante, uma vez que a presença da fala antes dos cinco anos de idade é o mais forte preditor de melhores resultados no autismo. Relacionar as rupturas na rede de fala aos déficits sociais observados fornecerá alvos promissores para intervenções comportamentais e farmacológicas no TEA. Os transtornos do espectro do autismo abrangem uma variedade de apresentações que podem ser atribuídas a uma tríade de sintomas: a. interação social recíproca prejudicada, b. comunicação verbal e não verbal desordenada, c. comportamento restrito, repetitivo ou interesses circunscritos.