Este trabalho pretende mostrar que a fragilidade externa
brasileira não é novidade e tem sua origem nas estratégias de polÃtica
econômica que vem sendo adotadas desde os governos militares. Esse
fator estrutural é agravado com a abertura econômica de critérios
duvidosos e a custo sócio-econômico elevado, especialmente com a
desnacionalização da economia, o aumento do endividamento público e o
agravamento da dÃvida social. Esse contexto provocou situação
insustentável conducente a sucessivos aumentos da participação do setor
público na renda nacional para fazer frente aos elevados encargos dos
serviços da dÃvida interna e da externa e se soma aos esforços mundiais
para evitar crise de valorização de capital. Recomenda-se que a única
forma de equacionar o problema, numa perspectiva sustentável e de longo
prazo, consiste na viabilização de saldos positivos nas contas correntes,
atuando tanto no lado do aumento das exportações, como na diminuição
das importações.