AMAMENTAÇÃO E HIV/AIDS: UMA REVISÃO

Boletim Da Saúde

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Início Publicação: 31/10/1969
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Saúde coletiva

AMAMENTAÇÃO E HIV/AIDS: UMA REVISÃO

Ano: 2008 | Volume: 22 | Número: 1
Autores: Betina Soldateli Paim, Ana Carolina Pio da Silva, Maria da Graça Alves Labrea
Autor Correspondente: Betina Soldateli Paim | [email protected]

Palavras-chave: aleitamento materno, hiv, infecções por hiv, transmissão vertical de doença

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Objetivo: Revisão da literatura com o enfoque em
amamentação e HIV, observando o contexto mundial das
pesquisas e as recomendações nacionais e internacionais
referentes à questão, no intuito de contribuir com conhecimentos
em saúde pública no Brasil. Metodologia:
Esta revisão foi feita no período compreendido entre maio
e dezembro de 2007. Informações foram obtidas em consultas
que incluíram livros-texto, normas técnicas, artigos
selecionados por meio de busca na base de dados
Lilacs e MEDLINE. Os descritores usados na busca foram:
HIV, amamentação, alimentação infantil, transmissão
vertical de doença. Resultados: Apesar dos esforços
de órgãos governamentais para o desencorajamento da
amamentação e conseqüente substituição segura por alimentação
artificial para os filhos de mães soropositivas,
muitos países subdesenvolvidos e em desenvolvimento
estão longe desta realidade. Dessa maneira, pesquisas
demonstram as taxas de transmissão do vírus através do
leite materno de acordo com o tipo de amamentação:
exclusiva, predominante ou mista, além da modalidade
fórmula exclusiva. Os achados sugerem que, quando a
escolha for amamentação, esta deve ser exclusiva e com
desmame precoce, podendo ter efeito protetor em realidades
precárias. Fatores socioeconômicos, culturais e
educacionais em que se inserem mãe e criança devem
ser levados em conta na decisão da escolha alimentar.
Conclusão: Para países em desenvolvimento, deve-se
reforçar a substituição do aleitamento pela alimentação
artificial quando esta for aceitável, viável, acessível, sustentável
e segura. No Brasil, a recomendação a ser seguida
é que a mãe infectada não amamente, cabendo ao poder
público garantir alimentação artificial para estas crianças.



Resumo Inglês:

Objective: To make a literature review on breastfeeding
and HIV, by analyzing national and international
recommendations about this issue and trying to contribute
with more information related to public health in Brazil.
Methodology: This review was made between 2007, from
May to December. Lilacs and MEDLINE databases were
searched for books, technical rules and articles on the
issue of breastfeeding and HIV. The key words used in the
research were: HIV, breastfeeding, infant feeding, vertical
transmission of the disease. Results: Despite the
efforts made by governmental institutions to avoid
breastfeeding by HIV-infected mothers and replacing it
with safe feeding, many Developing Countries are far
from this reality. Researches show HIV transmission rates
through breast milk according to feeding modalities:
exclusive breastfeeding, predominant breastfeeding,
mixed breastfeeding and formula feeding. Findings suggest
that exclusive breastfeeding should have a limited duration
with early and rapid cessation. Some evidences show this
as a possible way to protect children in poor conditions of
life against diseases. Socioeconomic, cultural and
educational factors, in which mothers and children live,
must be taken into consideration to make a decision about
the feeding modality. Conclusion: In Developing
Countries, all breastfeeding by HIV-infected mothers must
be avoided when replacement feeding is acceptable,
feasible, affordable, sustainable and safe. In Brazil, infected
mothers must not breastfeed, and the government must
provide the formula feeding until the babies are 6 months
of age.