Esse estudo teve como objetivo compreender como as mulheres trabalhadoras informais vivenciam a amamentação. Trata-se de um estudo descritivo de abordagem qualitativa, realizado em duas unidades básicas de saúde da família, no município de Nilópolis. Os participantes foram treze mulheres com idade igual ou superior a dezoito anos que estivessem vivenciando ou vivenciaram a prática do aleitamento materno enquanto trabalhadoras informais. Utilizou-se como instrumento de coleta de dados a entrevista semi-estruturada e para análise dos mesmos, análise de conteúdo. Emergiram das falas três categorias temáticas: A informalidade do trabalho e suas implicações para o aleitamento materno; Trabalhadoras informais reconhecem a importância do leite materno para a saúde da criança; Trabalhadoras informais utilizam estratégias para manutenção do aleitamento materno. O fato da mulher ter que retornar muito cedo ao trabalho pela necessidade financeira ou mesmo pelo receio de perder o emprego leva à separação da mãe e da criança e, consequentemente, favorece o desmame precoce. No entanto, as mulheres consideram o aleitamento materno importante para a saúde de seu filho e utilizam algumas estratégias para manter essa prática, mesmo diante das dificuldades. Considerações finais: É importante que a enfermagem pense formas de oferecer suporte às trabalhadoras informais, tendo em vista prestar uma melhor assistência a esta clientela. Para isso, o profissional deve se aproximar desta população desde o pré-natal, escutando dela como é o seu cotidiano e como ela pretende conciliar o seu trabalho com a amamentação, tentando identificar uma possível rede de apoio.