Amazônia-ásvero de Euclides da Cunha: notas filosófico-marginais sobre religião e alienação

ContraCorrente

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ISSN: 2525-4529
Editor Chefe: Neiva Maria Machado Soares
Início Publicação: 22/05/2010
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Ciências Humanas, Área de Estudo: Ciências Sociais Aplicadas, Área de Estudo: Linguística, Letras e Artes, Área de Estudo: Multidisciplinar

Amazônia-ásvero de Euclides da Cunha: notas filosófico-marginais sobre religião e alienação

Ano: 2019 | Volume: Especial | Número: 13
Autores: José Alcimar de Oliveira
Autor Correspondente: J.A.Oliveira | [email protected]

Palavras-chave: Seringueiros. Religião. Alienação. Amazônia-Asvero

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Sob forma ensaística e de notas filosófico-marginais ao texto
Judas-Asvero, de Euclides da Cunha, o artigo propõe uma leitura
ontodialética do mundo dos seringueiros da Amazônia do Purus,
no início do século XX, a partir dos conceitos de culpa, capitalismo,
religião, alienação, psicologia do escravo. A despeito de sua formação positivista e castrense, o autor de Os sertões, nesse pequeno-grande texto –  Judas-Asvero – e refratário a classificações, capta com fina sensibilidade e densidade interpretativa, a barbárie anônima do mundo de culpa e resignação em que viviam os seringueiros na Amazônia no final do século XIX e inícios do século XX. Ao apedrejarem o miserável Judas, nesse ritual transposto do Medievo para os confins da Amazônia, os seringueiros de forma impotente, muda e reativa, vingam-se em verdade de si mesmos, porque o peso da alienação e da psicologia do escravo interdita a possibilidade de conferir forma objetiva ao conteúdo de sua revolta.