De acordo com Zimerman (2007), no mundo todo, à medida que os anos sucedem, aumenta o número de velhos. Além do aumento da expectativa de vida, existe também o fenômeno da feminização ou a feminilização da velhice, que consiste no fato de existiram mais mulheres com 60 anos de idade do que homens. Contudo, apesar de o número de mulheres ser superior ao de homens, elas experimentam, de acordo com Debert (1994), uma situação de dupla vulnerabilidade com o peso somado de dois tipos de discriminação: o de ser mulher e o de ser velha. Nesse sentido, o objetivo geral é refletir sobre a representação da velhice feminina em duas narrativas orais da Matintaperera, recolhidas pelo “O Imaginário nas Formas Narrativas Orais Populares da Amazônia Paraense” (IFNOPAP).