Em um contexto onde o investidor tem por foco itens como retorno e risco, tornam-se
relevante os estudos atualizados que possam contribuir para os modelos propostos inicialmente por Markowitz. Este artigo teve como objetivo avaliar quais modelos de desempenho são mais relevantes para explicar o comportamento das ações: os que utilizam variância
ou os que utilizam semivariância. Para a pesquisa foram utilizados quatro grupos de empresas, dois do Brasil e dois dos Estados Unidos, sendo 20 ações da Bovespa e 20 ações da
NYSE, com cotações diárias entre o perÃodo de 2003 a 2007. O presente estudo calculou
os valores das variâncias e semivariâncias e os aplicou em Ãndices de Sharpe, Sortino e
Treynor, como forma de mensurar o desempenho (risco em função do retorno apresentado pelos ativos). Embora vários estudos tenham apontado a semivariância como uma medida mais adequada para a mensuração de risco, especialmente no mercado brasileiro, os
testes empÃricos realizados nesta pesquisa não favorecem o emprego da semivariância com
relação ao emprego da variância. Por fim, a análise de correlação realizada entre os Ãndices
de Sharpe, Sortino e Treynor corroborou os resultados obtidos neste estudo, não comprovando a superioridade da semivariância em comparação com a variância para o perÃodo
estudado.