O ato de queimar a vegetação é tido como um meio eficaz e de baixo custo para a abertura de novas
áreas para cultivo. No entanto, a longo prazo esse método não é sustentável e pode causar danos irreversÃveis
ao local, como a extinção de espécies endêmicas, degradação do solo e de recursos hÃdricos.
A presente pesquisa foi realizada com imagens do Parque Estadual Lapa Grande (PELG), no municÃpio
de Montes Claros/MG. Foram selecionadas duas cenas do satélite LANDSAT-8, referentes aos dias
29/09 e 15/10 de 2014, antes e depois dos eventos de queimada, respectivamente. Procedeu-se a correção
atmosférica das cenas e, após seu pré-processamento, foram geradas imagens dos Ãndices de
vegetação NDVI, SAVI, RATIO e IAF. A partir disso, identificou-se o padrão de resposta das cicatrizes
de queimada na imagem gerada por cada Ãndice. Foram criadas 5 categorias, queimada severa (QS),
queimada moderada (QM), queimada leve (QL), mata seca (MS) e outros tipos de vegetação (MV).
Estas categorias foram associadas às áreas correspondentes nas imagens através do fatiamento das
mesmas. A quantificação da área queimada foi feita através da Medida de Classes, onde todos os Ãndices
apresentaram bom desempenho na identificação das cicatrizes de queimada. A maior limitação dos
Ãndices NDVI, IAF e SAVI foi a identificação de falsos positivos. O RATIO foi o Ãndice que apresentou
menor identificação de falsos positivos, sendo o mais adequado para trabalhar em regiões com perfil
topográfico irregular.