Análise Comparativa entre Colecistectomia Aberta e Videolaparoscópica nos Últimos 5 anos no Rio de Janeiro

Ano: 2022 | Volume: 13 | Número: 3

Autores: Vitor Hugo Vieira da Silva, Maria Carolina da Silva Gaspar, Juliana Fernandes Carvalho e Lucineide Martins de Oliveira Maia.

Palavras-chave: Colecistectomia aberta; Colecistectomia laparoscópica; Complicações da colecistectomia; Conversão de colecistectomia.

Resumo Português:

A colecistectomia é a cirurgia para retirada da vesícula biliar. Esse procedimento é realizado em pacientes sintomáticos com alterações estruturais e funcionais de tal órgão. O objetivo desse estudo foi comparar as técnicas: por via aberta e videolaparoscópica, analisando o número de internações, custos, média de permanência hospitalar e óbitos. De acordo com os resultados, foram realizadas 52.001 colecistectomias no Rio de Janeiro nos últimos cinco anos, sendo 51,6% por vídeo e 48,4% via aberta. Dentre elas, 5.313 cirurgias abertas e 5.408 fechadas foram realizadas em 2016. Nessa ordem, em 2017, performaram 5.392 e 5.552 cirurgias. Em 2018, 6.211 e 5.087 procedimentos. Em 2019, respectivamente, 6.380 e 5.774 colecistectomias. Em 2020, existiu um padrão atípico com 3.545 e 3.339 cirurgias abertas e fechadas. Os índices de mortalidade e número de óbitos foram 0,13% e 32 respectivamente para cirurgia videolaparoscópica e 0,94% e 253 abertas. Os custos por procedimento foram de R$ 928,04 via aberta e R$ 849,50 por vídeo. O tempo médio de internação foi de 4,8 dias para cirurgia aberta e 3,8 para videolaparoscópica. O maior número do procedimento por via aberta pode ser explicado pela precariedade do ensino da videolaparoscopia no Brasil, falta de verba e alta taxa de conversão para esta modalidade. Apesar disso, a cirurgia videolaparoscópica apresenta diversos benefícios como menores custo, tempo de permanência e taxas de complicações. A COVID-19 causou redução nas cirurgias eletivas em todo Brasil. Sendo assim, é necessário estimular a realização de cirurgias por vídeo para melhor benefício aos pacientes.

Resumo Inglês:

Cholecystectomy is the removal of the gallbladder. This procedure is performed in symptomatic patients with structural and functional changes in that organ. The objective of this study was to compare the two techniques used: open surgery and laparoscopic, analyzing the number of hospitalizations, costs, average hospital stay and deaths. According to the results, 52,001 cholecystectomies were performed in Rio de Janeiro in the last five years, 51.6% by video and 48.4% via open. Among them, 5,313 open surgeries and 5,408 closed surgeries were performed in 2016. In that order, in 2017, 5,392 and 5,552 surgeries were performed. In 2018, 6,211 and 5,087 procedures. In 2019, 6,380 and 5,774 cholecystectomies, respectively. In 2020, there was an atypical pattern with 3,545 and 3,339 open and closed surgeries. Mortality rates and number of deaths were, respectively, 0.13% and 32 for laparoscopic surgery and 0.94% and 253 open. The costs per procedure were R $ 928.04 via open and R $ 849.50 per video. The average hospital stay was 4.8 days for open surgery and 3.8 for laparoscopic surgery. The greater number of the traditional procedure can be explained by the precariousness of teaching laparoscopy in Brazil, lack of funds and high conversion rate for open surgery. Despite this, videolaparoscopic surgery has several benefits, such as lower cost, length of stay and complication rates. COVID-19 caused a reduction in elective surgeries throughout Brazil in the year 2020. Therefore, it is necessary to encourage the performance of video surgeries to better benefit patients. Keywords: Open cholecystectomy; Laparoscopic cholecystectomy; Cholecystectomy complications; Cholecystectomy convertion.