A pesquisa expõe uma análise contábil do Teste de Adequação de Passivos (TAP) nas companhias do setor securitário brasileiro. A atualização de valor resultante do TAP é lançada para despesa com contrapartida na conta de provisão técnica. Os gestores possuem poder discricionário na realização do teste, no qual há uma possibilidade em gerenciar o parâmetro de solvência e/ou diminuir o pagamento de impostos. O objetivo geral é examinar os possíveis determinantes da atualização de valor da provisão técnica decorrente do TAP realizado pelas sociedades supervisionadas que atuam no mercado securitário, com base nas informações quantitativas oriundas da contabilidade. Empregou-se uma regressão logística, sobre uma amostra composta por 100 observações, entre o primeiro semestre de 2011 a 2014, das sociedades supervisionadas pela Superintendência de Seguros Privados (SUSEP). No que diz respeito às evidências da pesquisa, destaca-se que grandes companhias (proxy de ativo total) têm uma maior propensão a lançar uma despesa, proveniente do TAP, em seu resultado, fazendo com que o lucro diminua no período. Já pequenas companhias têm uma menor propensão a não lançar uma despesa, oriunda do TAP, no seu resultado, fazendo com que o lucro não se altere. Obteve-se evidências de que empresas com maiores despesas de impostos apresentam uma maior propensão a lançar uma despesa, proveniente do TAP, no seu resultado, fazendo com que o lucro diminua no período, enquanto empresas com menores despesas de impostos apresentam uma menor propensão a não lançar uma despesa, oriunda do TAP, no seu resultado, fazendo com que o lucro não se altere.