O estudo crÃtico das erratas oferece grande contribuição social para a prática de consumir textos de divulgação cientifica nas escolas. Desde a década de 80, a mÃdia vem sendo utilizada largamente na escola, sendo mesmo elevada“à categoria de instrumento didático†(PFEIFFER, 2001). Este uso da mÃdia em sala de aula tem funcionado como o elemento fomentador de discussão de temas polêmicos e como fornecedora de exemplos de aplicação prática daquilo que está sendo estudado em teoria nas diversas disciplinas. Contudo ainda não identificamos uma discussão reflexiva sobre esta prática quando consideradas, especificamente, a identificação e as análises social e discursiva dos erros publicados nas matérias. Assim este artigo tem como objetivo geral refletir sobre a responsabilidade da mÃdia ao transmutar o discurso cientÃfico para o discurso de divulgação cientifica, verificando as possÃveis consequências discursivas e sociais advindas dos erros cometidos no contexto de divulgação da ciência na escola.Na Metodologia, seguimos a orientação qualitativo-interpretativista. Coletamos o corpus a partir da seção ‘super EquÃvoco’ da revista Super Interessante, e não nos restringimos a ano de coleta. A reflexão crÃtica tomará por base a Análise CrÃtica do Discurso. Os resultados demonstram que a revista de divulgação cientÃfica, em questão, apresenta uma frequência de erros que não se coaduna com o papel de “instrumento pedagógico†a ela outorgado. Ficou comprovado que os interesses da revista passam ao largo dos interesses educacionais que devem orientar o trabalho pedagógico nas escolas brasileiras. Dessa forma,pensamos que o presente artigo traz uma contribuição importante ao debate acerca do uso dos instrumentos pedagógicos, e ainda, sobre a relação da mÃdia com o processo educacional.