Este trabalho pretende fazer uma análise da disciplina de História da África, ofertada nos cursos de História da Universidade Federal do Acre – UFAC. Vários fatores contribuíram para pensar a disciplina de História da África, como o ano em que passa a ser ministrada, a partir de 2004, um ano após a lei 10.639/2003 entrar em vigor alterando o texto da Lei de Diretrizes e Bases da Educação – LDB/1996, que obriga os “estabelecimentos de ensino fundamental e médio, oficiais e particulares, ministrarem assuntos referentes à História e Cultura Africana e Afro-Brasileira, entre esses conteúdos, lecionar História da África e falar da sua contribuição para a sociedade.” Desde 2004 os Projetos Políticos Pedagógicos dos cursos de História, Licenciatura e Bacharelado, sofreram algumas alterações, desde ementas, cargas horárias, exclusão de disciplinas e inclusão de outras, contudo a disciplina de História da África não sofreu nenhuma alteração no decorrer desses anos, o que não significa não ter sofrido mudanças na forma de ministração/abordagens e em suas situações de aprendizagens. Larkin (2008) nos traz evidências de que o primeiro homem migrou da África para outros continentes, deixando em cada homem na atualidade vestígios desse marco científico, no que diz respeito ao ensino de História, Bittencourt (2011) nos dá o suporte necessário para a discussão. Como metodologia utiliza-se a análise de Projetos Políticos Pedagógicos, conversas informais com outras professoras que já ministraram a disciplina e leituras bibliográficas. Ensinar história é perpassar temporalidades, não se deter a um só local de conhecimento, um só saber. Valorizar a História da África e seus sujeitos é manter viva uma história que faz parte de todos os continentes, assim como, dar visibilidade as primeiras civilizações e grandes reinos que a história europeia tentou apagar por séculos, sobretudo, contribuir para a formação de professores capazes de perceber a importância desse continente chamado “África”.