A sílica ativa promete promover maior durabilidade ao concreto, pois proporciona uma barreira física à penetração dos agentes agressivos. No entanto, alguns pesquisadores afirmam que aumenta a profundidade de carbonatação devido à redução da reserva alcalina. Objetivando entender esse comportamento, buscou-se analisar a influência da sílica ativa em argamassas, frente à ação de CO2 e íons cloreto. Utilizaram-se traços com 10% e 15% da adição em substituição do cimento Portland, e relação água/aglomerante de 0,5 e 0,7, nos quais se verificaram a profundidade de carbonatação através do emprego do indicador de fenolftaleína, e a penetração de cloretos através do método colorimétrico de aspersão de nitrato de prata. A utilização da sílica ativa reduziu a profundidade de penetração de cloretos em até 29,88%. Quanto a proteção frente à ação de CO2, apenas a substituição de 10% se mostrou benéfica para as amostras com relação a/agl 0,5, reduzindo a profundidade carbonatada em 13,08% e nos demais traços apresentou um aumento na profundidade de carbonatação de no máximo 5,48%. Desta forma não se descarta sua utilização em concretos com baixo fator a/agl para melhorias nas suas características, além de proporcionar uma redução na utilização de cimento e consequentemente uma menor poluição atmosférica.
The active silica promises to promote greater durability to the concrete, as it provides a physical barrier to the penetration of aggressive agents. However, some researchers say it increases the carbonation depth due to the alkaline reserve reduction. Aiming to understand this behavior, we sought to analyze the influence of active silica on mortars, as opposed to the action of CO2 and chloride ions. Traces with 10% and 15% of the addition were used instead of Portland cement and water/agglomerate ratio of 0.5 and 0.7 at which the carbonation depth was verified through the use of the phenolphthalein indicator, and penetration of chlorides through the colorimetric silver nitrate spray method. The use of active silica reduced the penetration depth of chlorides by up to 29.88%. As for the protection against CO2 action, only the substitution of 10% was beneficial for the samples with respect to a/agl 0.5, reducing the carbonated depth in 13.08% and in the other traces presented an increase in the depth of carbonation of a maximum of 5.48%. In this way it is not ruled out its use in concretes with low a/agl factor for improvements in its characteristics, besides providing a reduction in the use of cement and consequently a lower atmospheric pollution.