Devido à pandemia da Covid 19 e ao processo de transformações tecnológicas que já vinham ocorrendo de forma acelerada, o ambiente de negócios mundial tornou-se ainda mais complexo, exigindo uma série de adaptações por parte das empresas. Nesse contexto, a acumulação de capacidades dinâmicas emergiu como um tema central, constituindo proxies para a resiliência nas empresas. As capacidades dinâmicas afetam positivamente a vantagem competitiva das empresas, pois fomentam a habilidade das empresas de identificarem e explorarem oportunidades de mercado, conferindo maior flexibilidade e adaptabilidade para reorganizarem seus recursos internos com vistas a responderem às exigências externas deste contexto em transformação. As MPMEs são mais vulneráveis em períodos de incerteza, devido aos baixos níveis de preparação, às restrições de recursos, posições fracas de mercado e maior dependência do governo e de agências locais. Este estudo tem como objetivo averiguar se as MPMEs do setor de turismo do Rio Grande do Sul possuem capacidades dinâmicas. Para isso, foi realizado um estudo com MPMEs do setor de turismo do Rio Grande do Sul, por meio da aplicação de um survey estruturado em três blocos (perfil da empresa e dos participantes do survey, microfundamentos das capacidades, processo de adaptabilidade e resiliência das empresas) com 95 empresas do Estado dos segmentos de alojamento, alimentação, agências de viagens, entretenimento e outros segmentos turísticos. Os resultados da pesquisa apontam que, a partir do survey aplicado, que teve como resultado a estruturação de indicadores com base em atividades relacionadas ao sensing, seizing e reconfiguring, pode-se afirmar que as MPMEs não realizaram, de forma expressiva, atividades relacionadas ao sensing e ao seizing. As MPMEs do setor de turismo ainda não trabalham o conceito de rede, isto é, de colaboração com universidades, centros de pesquisa, startups e outras empresas para colher informações e concretizar as atividades vinculadas ao sensing.
Due to the Covid 19 pandemic and the technological transformations that were already taking place, the global business environment has become more complex, requiring companies to adapt. The pandemic is a challenge and also an opportunity for companies to transform their business models, implement new technologies, and foster their Digital Transformation (DT) processes. In this context, the accumulation of dynamic capabilities are proxies for resilience in companies. Dynamic capabilities positively affect company’s competitive advantage, as they foster the ability of companies to identify and exploit market opportunities, giving them greater flexibility and adaptability to reorganize their internal resources in order to respond to the external demands of this changing context. Therefore, the resilience of micro, small and medium-sized enterprises (MSMEs) has become a fundamental factor for them to survive and not remain static. MSMEs are more flexible, having greater proximity to other companies and their customers. However, in periods of uncertainty, they are more vulnerable, due to low levels of preparation, resource constraints, weak market positions and greater dependence on government and local agencies. As a result, the pandemic affected most MSMEs, forcing these companies to adopt new technologies and develop innovations. Based on three essays, this study has the objetive of analyzing the adaptability and resilience challenges of MSMEs in the tourism sector in the State of Rio Grande do Sul in current times. In this sense, the main objective of this research is to verify whether MSMEs in the tourism sector in Rio Grande do Sul possess these dynamic capabilities. Research was carried out with MSMEs from the tourism sector in Rio Grande do Sul, through the application of a survey structured in three blocks (company profile, dynamic capabilities, and companies adaptability and resilience process) with 95 companies in the segments of accommodation, food, travel agencies, entertainment and other tourism segments. In addition, a bibliographic review was carried out based on key concepts. Based on the results of the indicators of the survey, it can be stated that MSMEs did not significantly carry out activities related to sensing and seizing capabilities. MSMEs in the tourism sector still do not network, that is, they do not collaborate with universities, research centers, startups and other companies to gather information and carry out activities related to sensing capabilities.