Este artigo tem como objetivo dar continuidade à discussão de estudos anteriores que buscaram investigar os efeitos de contingências sobre o vÃnculo terapêutico como, por exemplo, o número de atendimentos realizados com cada cliente; a duração da terapia; a percepção do terapeuta sobre suas habilidades e sobre a qualidade do vÃnculo estabelecido; o efeito do perÃodo de recesso acadêmico sobre o vÃnculo e, consequentemente, investigar os efeitos dessas contingências sobre a continuidade dos atendimentos psicoterápicos. Foi aplicado um questionário semiestruturado a 15 alunos do curso de psicologia da Associação Educacional de Vitória – AEV, que cursavam em 2012/2, o Estágio Básico III. Também foram coletados dados com 25 clientes. Os resultados apontam que a frequência de clientes que voltaram e o número de sessões realizadas é diretamente proporcional ao vÃnculo terapêutico estabelecido. Os dados sugerem que a variável vÃnculo terapêutico parece ser mais determinante para o retorno ou não do cliente à terapia do que o perÃodo em que o cliente fica sem atendimentos, ou mesmo alterações no horário e local do atendimento. O estudo se mostra relevante na medida em que se propõe a investigar empiricamente algumas variáveis que podem influenciar ou não o estabelecimento do vÃnculo terapêutico.