ANÁLISE DO CONCEITO DE CIÊNCIA EM BRUNO LATOUR NAS OBRAS A ESPERANÇA DE PANDORA E JAMAIS FOMOS MODERNOS

Sociologias Plurais

Endereço:
Rua General Carneiro - 9º andar - sala 906 - Centro
Curitiba / PR
80060150
Site: https://revistas.ufpr.br/sclplr
Telefone: (41) 3360-5173
ISSN: 23169249
Editor Chefe: Patricia dos Santos Dotti do Prado
Início Publicação: 05/10/2012
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Ciências Humanas, Área de Estudo: Antropologia, Área de Estudo: Ciência política, Área de Estudo: Educação, Área de Estudo: Filosofia, Área de Estudo: História, Área de Estudo: Sociologia

ANÁLISE DO CONCEITO DE CIÊNCIA EM BRUNO LATOUR NAS OBRAS A ESPERANÇA DE PANDORA E JAMAIS FOMOS MODERNOS

Ano: 2020 | Volume: 6 | Número: 2
Autores: Pedro Miguel Feres Aua
Autor Correspondente: Pedro Miguel Feres Aua | [email protected]

Palavras-chave: Ciência moderna, Latour, Não humanos, Natureza, Cultura

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Na segunda metade do século XX, o campo intelectual que se dedicava a pensar a ciência girava em torno de um questionamento: se a atividade científica e seus produtos seriam capazes ou não de encurtar um gap existente entre os polos humano e não humano, entre sujeitos e objetos. É nesse cenário que Bruno Latour, filósofo francês, propõe um entendimento inovador a respeito da separação moderna entre humanos e não humanos e, consequentemente, a respeito da prática científica. Em nosso trabalho, pretendemos discutir esse entendimento, que consiste na ideia de que, em realidade, nós jamais teríamos separado esses polos como parecíamos fazer. Realizaremos uma reflexão sobre ciência à luz de Bruno Latour nas obras Jamais Fomos Modernos e A Esperança De Pandora a fim de discutir seus principais pontos no que tange à prática científica. Concluiremos, analisando essas ideias para o entendimento do autor a respeito da modernidade, ilustrando como a ciência não é capaz de encurtar o suposto gap, pois este jamais existiu, pois, a própria atividade cerne do Ocidente, a atividade científica, opera em uma mistura de natureza e cultura, humanos e não humanos.



Resumo Inglês:

In the final decades of the twentieth century, the intelectual fields studying science revolved around a question: if the scientific activities and its products were capable of shortening a gap between humans and non-humans, between subjects and objects. In this context, Bruno Latour, french philosopher, proposes an innovative understanding about the modern separation between humans and non-humans and, therefore, about the scientific activities. In this article we shall discuss this understanding, which shows the fact that we have never separated these two poles as we would seem to do. We shall carry out a discussion on science in accordance with Bruno Latour’s works We Have Never Been Modern and Pandora’s Hope in order to discuss his main arguments on the scientific activities. We shall conclude by analysing the autor’s ideas applied to the concept of modernity, illustrating how science is not capable of shortening the supposed gab, since it has never existed, because the West’s central activity, the scientific activity, operates in a mix of nature and culture, of humans and non-humans.