Análise do poder de discriminação de índices prognósticos em pacientes queimados

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ISSN: 23183691
Editor Chefe: Orfa Yineth Galvis-Alonso
Início Publicação: 31/12/2001
Periodicidade: Trimestral
Área de Estudo: Multidisciplinar

Análise do poder de discriminação de índices prognósticos em pacientes queimados

Ano: 2019 | Volume: 26 | Número: 1
Autores: Thalita Bento Talizin; Elza Hiromi Tokushima Anami; Otávio Delgado Tavela; Eder Giovane Hilário; Sara Carolina Scremin Souza; Eduardo Henrique Rodrigues; Abimael Coutinho da Silva; Camila Bettiol Oyama; Renata Gomes de Oliveira; Lucienne Tibery Queiroz Cardoso; Cintia Magalhães Carvalho Grion
Autor Correspondente: Cintia Magalhães Carvalho Grion | [email protected]

Palavras-chave: Unidades de Terapia Intensiva; Unidades de Queimados; Índice de Gravidade de Doença; Epidemiologia; Mortalidade

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Introdução: As queimaduras são um grave problema de saúde pública. Os índices prognósticos estimam probabilidade prognóstica e ajudam a quantificar a gravidade do paciente. Objetivo: Avaliar o poder de discriminação dos índices Abbreviated Burn Severity Index (ABSI), Acute Physiology and Chronic Health Evaluation II (APACHE II), Sequential Organ Failure Assessment (SOFA) e Therapeutic Intervention Scoring System 28 (TISS 28) da admissão em pacientes de uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) especializada no tratamento de queimados. Casuística e métodos: Estudo longitudinal prospectivo, realizado em uma Unidade de Terapia Intensiva especializada no atendimento ao paciente queimado, no período de maio de 2011 a maio de 2013. Foram excluídos pacientes com menos de 18 anos e com menos de 24 horas de internação. Foram coletados dados clínicos e demográficos e calculados os escores prognósticos estudados. A acurácia dos índices foi avaliada pela curva Receiver Operating Characteristic (ROC), discriminando o desfecho do paciente (sobrevivente e não sobrevivente). Foi calculada a área sob a curva (AUC). Resultados: Foram incluídos 180 pacientes no período de estudo, sendo 72,8% do sexo masculino (n=131). A mediana de idade foi de 40 anos (ITQ: 30 – 52,5). A mortalidade hospitalar foi de 37,2% (n=67). A maior AUC foi a do escore APACHE II, com valor de 0,837 (ponto de corte do escore = 14, sensibilidade de 83,6% e especificidade de 72,3%). Na análise de pontuação dos escores entre sobreviventes e não sobreviventes, observou-se diferença estatisticamente significativa entre os valores de todos os índices estudados. Conclusões: Os escores ABSI, APACHE II, SOFA e TISS 28 na admissão da UTI mostraram bom poder de discriminação para sobrevivência entre pacientes queimados.