Análise do Programa de Controle da Tuberculose no estado do Pará, Brasil, de 2005 a 2014

Revista Pan-Amazônica de Saúde (RPAS)

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ISSN: 2176-6223
Editor Chefe: Isabella M. A. Mateus
Início Publicação: 02/01/2010
Periodicidade: Trimestral
Área de Estudo: Ciências Biológicas, Área de Estudo: Ciências da Saúde, Área de Estudo: Multidisciplinar

Análise do Programa de Controle da Tuberculose no estado do Pará, Brasil, de 2005 a 2014

Ano: 2018 | Volume: 9 | Número: 4
Autores: Dilma Costa de Oliveira Neves, Luana de Oliveira Loureiro, Nathalya Pinheiro Paiva, Maria Deise de Oliveira Ohnishi, Claudia Daniela Tourão Ribeiro
Autor Correspondente: Dilma Costa de Oliveira Neves | [email protected]

Palavras-chave: Tuberculose, Incidência, Avaliação de Programas e Projetos de Saúde, Estudos Ecológicos

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

OBJETIVO: Analisar indicadores do Programa Nacional de Controle da Tuberculose nas Regiões de Integração do estado do Pará, de 2005 a 2014. MATERIAIS E MÉTODOS: Estudo ecológico, utilizando 31.372 casos de tuberculose (TB) pulmonar em pessoas com idade a partir de 20 anos, registrados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação. RESULTADOS: A incidência média no Estado foi de 71,7/10.000 hab. A Região Metropolitana registrou 49,6% (15.572) dos casos e incidência de 114,7/10.000 hab., com tendência crescente no período (22,3%). A maior redução no número de casos ocorreu na Região Xingu (41,9%). No Pará, 70,8% dos casos receberam alta por cura, com maior proporção na Região Guamá (77,9%). Apenas 72,6% dos casos tiveram confirmação laboratorial. A taxa de alta por cura, nos casos confirmados, reduziu de 73,1%, em 2005, para 67,3%, em 2014, com a maior taxa (85,4%) em 2006, na Região Rio Caeté; e a menor taxa (48,9%) em 2014, na Região Tapajós, com tendência de aumento nas Regiões Araguaia, Carajás, Lago de Tucuruí e Tocantins. Em cinco Regiões, o abandono de tratamento foi superior à média do Estado (13,0%) e, no período, aumentou nas Regiões Xingu, Tapajós, Marajó, Tocantins, Carajás, Guamá, Rio Capim e Rio Caeté. A maior mortalidade ocorreu na Região Metropolitana em 2011; e a menor, na Região Guamá, nos anos de 2009 e 2010. CONCLUSÃO: No período estudado, o estado do Pará encontrava-se distante de alcançar os indicadores propostos para a eliminação da TB, contribuindo para a manutenção da endemia no Brasil.



Resumo Inglês:

OBJECTIVE: To analyze the indicators of the Brazilian National Tuberculosis Control Program in the Integration Regions of Pará State, from 2005 to 2014. MATERIALS AND METHODS: Ecological study using 31,372 cases of pulmonary tuberculosis (TB) in people aged 20 years and older, registered in the Notifiable Diseases Information System. RESULTS: The average incidence in all State was 71.7/10,000 inhabitants. Região Metropolitana recorded 49.6% (15,572) of the cases and incidence of 114.7/10,000 inhabitants, with increasing trend in the period (22.3%). The greatest reduction in the number of cases occurred in Região Xingu (41.9%). In Pará, 70.8% of cases were discharged by cure, with the highest proportion in Região Guamá (77.9%). Only 72.6% of the cases had laboratory confirmation. The rate of discharge by cure, in confirmed cases, decreased from 73.1% in 2005 to 67.3% in 2014, with the highest rate (85.4%) in 2006, in Região Rio Caeté; and the lowest rate (48.9%) in 2014, in Região Tapajós, with a tendency to increase in Araguaia, Carajás, Lago de Tucuruí, and Tocantins Regions. In five Regions, the discontinuing treatment was higher than the State average (13.0%), and, in the period, it increased in Xingu, Tapajós, Marajó, Tocantins, Carajás, Guamá, Capim River, and Caeté Rivers Regions. The highest mortality occurred in Região Metropolitana in 2011; and the lowest, in Região Guamá in the years 2009 and 2010. CONCLUSION: In the period studied, Pará State was far from reaching the indicators proposed for the elimination of TB, contributing to the maintenance of endemic in Brazil.