O excesso no uso do álcool pode causar danos nas mais diversas esferas da vida do ser humano, constituindo-se em um fator de risco para vários problemas de saúde e comportamental. Existem alguns grupos populacionais mais susceptíveis ao uso abusivo do álcool, tais como profissões de grande tensão emocional e pessoas sob grande estresse. O objetivo desse artigo é analisar o padrão do uso de álcool entre estudantes de medicina. Trata-se de uma pesquisa de campo de caráter descritivo com abordagem quantitativa. A população são todos 815 discentes entre o primeiro e o oitavo período da Faculdade de Medicina Nova Esperança. A amostra foi calculada com erro amostral de 11% e o nível de confiança de 95%, chegando ao resultado de 73 estudantes. Esse valor foi arredondado para 80 com o objetivo de utilizar 10 discentes de cada período e obter uma amostra mais representativa do grupo populacional. Para a coleta de dados foi aplicado um questionário semiestruturado. De acordo com os resultados, 93,75% dos participantes relataram já ter provado bebidas alcoólicas e 44% destes mantêm o hábito de beber. 78% das mulheres e 44,8% dos homens tiveram o primeiro contato entre 15-18 anos. A média de alunos sem hábito de beber é de 6,25 nos primeiros 4 períodos e 4,25 nos 4 últimos. Estes dados sugerem um aumento no índice de alunos com hábito de beber ao longo dos períodos. Conclui-se que geralmente o primeiro contato com o álcool é na adolescência e, apesar da grande maioria já ter experimentado bebidas alcóolicas, a maior parte dos alunos não mantiveram o hábito de beber. Foi possível observar que o hábito de beber é mais prevalente em alunos de períodos mais avançados do que os estudantes que ingressaram mais recentemente no curso.
Excessive use of alcohol can cause damage in the most diverse spheres of human life, constituting a risk factor for various health and behavioral problems. There are some population groups more susceptible to alcohol abuse, such as professions of great emotional strain and people under great stress. The purpose of this paper is to analyze the pattern of alcohol use among medical students. This is a descriptive field research with quantitative approach. The population is all 815 students between the first and eighth period of the New Hope Medical School. The sample was calculated with 11% sampling error and 95% confidence level, reaching the result of 73 students. This value was rounded to 80 in order to use 10 students from each period and obtain a more representative sample of the population group. For data collection a semi-structured questionnaire was applied. According to the results, 93.75% of participants reported having tasted alcohol and 44% of them maintain the habit of drinking. 78% of women and 44.8% of men had their first contact between 15-18 years. The average number of students without drinking habits is 6.25 in the first 4 periods and 4.25 in the last 4. These data suggest an increase in the rate of students with drinking habits over periods. It is concluded that the first contact with alcohol is usually in adolescence and, although the vast majority have tried alcoholic beverages, most students did not maintain the habit of drinking. It was observed that the habit of drinking is more prevalent in students from more advanced periods than students who recently joined the course.