OBJETIVO: Identificar os fatores de risco para parto prematuro mais prevalentes nas usuárias do Sistema Único de Saúde, atendidas em um hospital pública de referência de Curitiba.
MÉTODOS: Estudo caso-controle retrospectivo, aprovado pelo Comitê de Ética da Universidade Positivo e Hospital do Trabalhador pelo CAAE: 56304022.0.0000.0093. A coleta de dados ocorreu através da um questionário concebido e aplicado pelos próprios autores em do Trabalhador entre julho e agosto de 2022. Foram excluídos questionários incompletos ou duplicados. A amostra foi dividida em grupo caso (parto prematuro) e controle (parto a termo). Os dados foram tabulados em planilhas e analisados pelo programa SPSS. A análise estatística foi realizada através de testes estatísticos. Valores de p<0,05 foram considerados significativos.
RESULTADOS: Foram incluídas 183 puérperas, 24 do grupo caso e 159 do controle. Houve uma frequência maior de puérperas com idade igual ou menor a 20 anos no grupo caso (33,3% vs 16,4%), assim como história de parto prematuro prévio (50% vs 9,4%) e infecção urinária (41,7% vs 37,4%; p=0,181). Dentre as demais variáveis, apenas sangramento vaginal (41,7% vs 19,5%; p=0,032) e oligodramnia (12,5% vs 2,5%; p<0,001) foram estatisticamente significativos para predição de parto prematuro, com odds ratio de 2.9 e 7.8, respectivamente.
CONCLUSÃO: Os fatores de risco para parto prematuro mais prevalentes e significativos na população estudada são: sangramento vaginal e oligodramnia. Extremos de idade, parto prematuro prévio e infecção urinária foram mais frequentes no grupo caso, porém sem relevância estatística.
OBJECTIVE: To identify the most prevalent risk factors for preterm birth among users of the Brazilian Public Health System, treated at a referral public hospital in Curitiba.
METHODS: Retrospective case-control study, approved by the Ethics Committee of Universidade Positivo and Hospital do Trabalhador under CAAE: 56304022.0.0000.0093. Data collection occurred through a questionnaire designed and administered by the authors themselves, to postpartum women admitted to the maternity ward of Hospital do Trabalhador between July and August 2022. Incomplete or duplicate questionnaires were excluded.The sample was divided into case group (preterm birth) and control group (term birth). Data were tabulated in spreadsheets and analyzed using the SPSS program. Statistical analysis was performed through statistical tests. Values of p<0.05 were considered significant.
RESULTS: A total of 183 postpartum women were included, 24 in the case group and 159 in the control group. There was a higher frequency of postpartum women aged 20 years or younger in the case group (33.3% vs 16.4%), as well as a history of previous preterm birth (50% vs 9.4%) and urinary tract infection (41.7% vs 37.4%; p=0.181). Among other variables, only vaginal bleeding (41.7% vs 19.5%; p=0.032) and oligohydramnios (12.5% vs 2.5%; p<0.001) were statistically significant for predicting preterm birth, with odds ratios of 2.9 and 7.8, espectively.
CONCLUSION: The most prevalent and significant risk factors for preterm birth in the studied population are vaginal bleeding and oligohydramnios. Extreme ages, previous preterm birth, and urinary tract infection were more frequent in the case group, but without statistical relevance.