A fitossociologia permite descrever a estrutura do povoamento florestal e favorece as correlações entre as diferentes estruturas das populações de espécies vegetais. A pesquisa teve por finalidade realizar a análise fitossociológica de um trecho de floresta ombrófila densa na Amazônia Oriental. Foram alocadas 4 parcelas de 100m x 100m (um hectare) dentro de um transecto de 2 km de comprimento por 0,3km de largura, onde cada parcela foi subdividida em 100 subparcelas de 10m x 10m (100m²). O nível de inclusão adotado, foi de DAP ≥ 20 cm, sendo que todos os indivíduos com o DAP mínimo foram inventariados e realizado posteriormente o cálculo de seus parâmetros fitossociológicos. Foram inventariados 825 indivíduos, distribuídos em 33 famílias, 69 gêneros e 89 espécies. Os índices de diversidade (H'=3,57) e equabilidade (J=0,79), mostraram que a floresta estudada possui uma boa diversidade. As famílias Fabaceae e Lecythidaceae, obtiveram maior abundância na comunidade estudada, constituindo as principais famílias encontradas em florestas tropicais na Amazônia. As espécies que apresentaram maior Valor de Importância foram: Pouteria guianenses Aubl., Eschweilera coriaceae (DC.) S.A. Mori, Inga paraenses Ducke, Licania paraenses Prance, Dinizia excelsa Ducke, Minquartia guianenses Aubl., Qualea albiflora Warm., Virola michelii Heckel, Alexa grandiflora Ducke e Vouacapoua americana Aubl. Representando 52,13% dos valores totais de VI. A floresta estudada pode ser considerada bem estruturada, diversa e uniforme, sendo assim, é uma floresta em excelente estado de conservação. As famílias Fabaceae, Sapotaceae, Lecythidaceae, Lauraceae e Vochysiaceae foram as mais importantes do povoamento estudado.