Do ponto de vista de uma fenomenologia da
percepção, os vários modelos de análise, elaborados e
trabalhados pela musicologia tradicional, apesar da aparente
pluralidade e diversidade, não diferem tanto assim. De um
modo geral, todos pressupõem um mesmo modo de se
debruçar sobre a música. Por princÃpio, todos trabalham na
perspectiva de uma postura analÃtica stricto sensu: dividir
um problema em tantas partes quantas forem necessárias
para melhor resolvê-lo. O que favorece um certo modo de
‘escuta’ comprometido apenas com a idéia de estrutura,
escamoteando, portanto, a dimensão estética da experiência.
From the point of view of a phenomenology of
perception, the several analysis models elaborated and worked
out by traditional musicology are not so different from each
other, despite their plurality and diversity. Generally, all
of them assume the same manner of studying music. In
principle, all of them work in view of an analytical position,
strictly speaking: dividing an issue into as many parts as necessary to better solve it. This favors a certain manner of
‘perception’ that is only dedicated to the idea of structure,
thus concealing the aesthetic dimension of experience.