O presente estudo avaliou o potencial mutagênico e antimutagênico da luteína (pigmento vegetal) por meio do ensaio de Allium cepa. Os tratamento utilizados foram: controle negativo (água destilada); controle positivo (solução aquosa de Metilmetanosulfonato (MMS) - 0,01mg/mL); mutagenicidade (luteína nas concentrações de 0,14mg/mL, 0,28mg/mL e 0,56mg/mL) e antimutagenicidade onde as mesmas concentrações de luteína foram associadas ao MMS em protocolos de pré-tratamento, simultâneo (simples e com pré-incubação) e pós-tratamento. Os tratamentos com luteína e o MMS foram realizados por 48 horas. Para o tratamento simultâneo com pré-incubação as duas substâncias foram préincubadas em estufa BOD por 1 hora a 37ºC. Devido ao pico mitótico ocorrer ao meio dia, os meristemas foram coletados neste período. As raízes foram fixadas em solução de Carnoy, hidrolisadas, coradas com reativo de Schiff e Carmim Acético. Em seguida fez-se o esmagamento dos meristemas e montagem de lâminas. Analisouse 15.000 células/tratamento (3 repetições), em microscopia de campo claro (40x), e a análise estatística foi realizada pelo ANOVA/Tukey. A luteína não se mostrou mutagênica, já que não houve diferenças significativas em relação ao controle negativo. Na avaliação da antimutagenicidade (MMS associado á luteína) observou-se o efeito quimioprotetor da luteína e as porcentagens de redução de danos foram de 80,97%, 96,35% e 84,21% em protocolo de pré-tratamento; 76,11%, 78,54% e 83,80% em simultâneo simples; 93,11%, 78,94% e 70,02% em simultâneo com pré-incubação; 79,35%, 79,14% e 74,49% em póstratamento para as concentrações de 0,14mg/mL, 0,28mg/mL e 0,56mg/mL, respectivamente.