Análises cromossômicas no aconselhamento genético de pacientes com alterações no desenvolvimento e congênitas em Belém, estado do Pará, Brasil: um estudo retrospectivo de 17 anos

Revista Pan-Amazônica de Saúde (RPAS)

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ISSN: 2176-6223
Editor Chefe: Isabella M. A. Mateus
Início Publicação: 02/01/2010
Periodicidade: Trimestral
Área de Estudo: Ciências Biológicas, Área de Estudo: Ciências da Saúde, Área de Estudo: Multidisciplinar

Análises cromossômicas no aconselhamento genético de pacientes com alterações no desenvolvimento e congênitas em Belém, estado do Pará, Brasil: um estudo retrospectivo de 17 anos

Ano: 2019 | Volume: 10 | Número: 1
Autores: Michel Platini Caldas de Souza, Savio Monteiro dos Santos, Margarida Maria Celeira de Lima, Jacileia Maria Pereira Machado, Marta Maria Maia Melo, Edivaldo Herculano Corrêa de Oliveira, João Farias Guerreiro
Autor Correspondente: Edivaldo Herculano Corrêa de Oliveira | [email protected]

Palavras-chave: Chromosome disorders, chromosome banding, congenital abnormalities, intellectual disability, cytogenetics

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

OBJETIVO: Apresentar um estudo retrospectivo, abrangendo 17 anos de encaminhamento de pacientes a um serviço público de citogenética clínica em Belém, estado do Pará, localizado na Amazônia brasileira. MATERIAIS E MÉTODOS: Este estudo foi baseado em uma pesquisa retrospectiva realizada de 1997 a 2014, considerando os resultados registrados de bandas G do cromossomo e relacionando-os às informações coletadas durante a avaliação do paciente. RESULTADOS: Do total de 1.580 pacientes, 730 (46,2%) apresentaram alterações cromossômicas, dos quais 637 (87,3%) eram alterações numéricas. Anormalidades envolvendo cromossomos autossômicos foram mais frequentes, 524/730 (71,8%), enquanto alterações nos cromossomos sexuais corresponderam a 28,2% (206). A síndrome de Down foi a mais frequente, 424 (58,1%) dos casos, seguida por 175 (24,0%) casos de síndrome de Turner e 25 (3,4%) de síndrome de Klinefelter. Pacientes com anomalias cromossômicas sexuais foram encaminhados com idade mais avançada quando comparados àqueles com anomalias cromossômicas autossômicas, com picos entre 11 e 15 anos (30,1% dos casos) e 0 a 6 meses de idade (40,5%), respectivamente. CONCLUSÃO: Esses achados são semelhantes a outros estudos e chamam a atenção para a necessidade de políticas públicas que visem a melhorar tanto a qualidade quanto o diagnóstico e os cuidados subsequentes ao paciente.



Resumo Inglês:

OBJECTIVE: To present a retrospective study covering 17 years of referral of patients to a public clinical cytogenetic service in Belém, Pará State, located in the Brazilian Amazon. MATERIALS AND METHODS: This study was based on a retrospective survey conducted from 1997 to 2014, considering registered chromosome G-banding results and relating them to information collected during patient evaluation. RESULTS: From a total of 1,580 patients, 730 (46.2%) had chromosomal abnormalities, of which 637 (87.3%) showed numerical alterations. Abnormalities involving autosomal chromosomes were more frequent, 524/730 (71.8%), while alterations in sex chromosomes comprised 28.2% (206). Down's syndrome was the most frequent, 424 (58.1%) of cases, followed by 175 (24.0%) cases of Turner's syndrome, and 25 (3.4%) of Klinefelter's syndrome. Patients with sex chromosome abnormalities were referred at a more advanced age when compared with those having autosomal chromosome abnormalities, with peaks around 11-15 years old (30.1% of cases) and 0-6 months old (40.5%), respectively. CONCLUSION: These findings are very similar to other studies and draw attention to public measures to improve both the quality with regard to diagnosis and the subsequent care of the patient.