O artigo visa explorar, a partir da alusão à famosa frase de Karl Marx em O 18 Brumário de Luís Bonaparte, as linhas de continuidade e ruptura estético-políticas entre os romances A geração da utopia (1992) e Predadores (2005), ambos do escritor angolano Pepetela, tendo como objeto de análise comparativa a construção das figuras de Aníbal e de Vladimiro Caposso. Com efeito, epopéia, tragédia e farsa são aqui encaradas não enquanto gêneros literários em sentido estrito, mas antes como traços estilísticos que conferem individualidade ao caráter e ao percurso dos referidos protagonistas.
The text seeks to explore, from the allusion to Karl Marx’s famous phrase in 18th Brumaire of Louis Bonaparte, the lines of aesthetic-political continuity and rupture between the novels A geração da utopia (1992) and Predadores (2005), both from Angolan writer Pepetela, whose object of comparative analysis is the construction of the figures of Aníbal and Vladimiro Caposso. In fact, epic, tragedy and farce are not regarded here as literary genres in the strict sense, but rather as stylistic traits that confer individuality to the character and course of those protagonists.