Este ensaio tenta aproximar a escrita poética de tradução de Ana
Cristina Cesar e o ser de palavras que ela foi e viveu inteiramente submetida Ã
escrita e dela dependente, num constante corpo a corpo com a página-seda
em branco. As teorias de Henri Meschonnic sobre tradução bem como as de
Sigmund Freud sobre a memória servirão de suporte teórico para mostrar que,
por meio do gesto criativo da tradução poética, ao selecionar o seu cânone, a
poetisa deixa nessas escolhas, seu rastro, memória do que – talvez – mais
quisesse apagar.
This essay will try to approach poetic writing translation of Ana
Cristina Cesar and be words that she went and lived entirely subjected to
writing and her dependent on a constant melee on a white seek-page. The
theory of Henri Meschonnic on translation and Sigmund Freud about the
memory will serve as a theoretical support to show that, through the creative
gesture of poetic translation, to select her canon, the poet make in these
choices, wake, memory than – perhaps – more to erase.