Este artigo visa analisar o livro didático Português Linguagens, de Cereja e Magalhães, no que se refere às atividades de cunho gramatical. Pretende-se averiguar qual é a concepção de língua e de gramática que perpassa a obra, com base em autores como Travaglia (2002) e Antunes (2007; 2009). Constata-se que, apesar de contemplar em algumas atividades a gramática internalizada, predomina no livro didático a abordagem gramatical normativa. Entretanto, salienta-se a ocorrência de atividades que estimulam o tratamento científico da linguagem e outras que contemplam a gramática reflexiva, o que faz com que o livro possa ser usado em sala de aula desde que o professor saiba adequá-lo ao seu planejamento.