Estudos recentes têm demonstrado conexões entre a frequência do uso de redes sociais e a participação polÃtica. No entanto, não há uma elucidação clara de como esse uso de redes sociais se traduz em um aumento da atividade polÃtica. O presente artigo examina três possÃveis explicações para essa relação, no âmbito do comportamento de protesto dos cidadãos: a informação (redes sociais como uma fonte de notÃcias), a expressão de opiniões (uso das redes sociais para expressar opiniões polÃticas) e o ativismo (juntando-se a causas e descobrindo informações para a mobilização por meio de redes sociais). Para colocar essas relações à prova, este trabalho utiliza dados de pesquisa de opinião, coletados no Chile em 2011, durante manifestações que exigiam mudanças amplas em polÃticas educacionais e energéticas. Os resultados sugerem que o uso de redes sociais para a expressão de opiniões e para ativismo pode mediar a relação entre o uso geral das redes sociais e o comportamento de protesto. Estes resultados podem aumentar nosso conhecimento sobre os usos e efeitos das redes sociais e fornecer novas evidências sobre o papel das plataformas digitais como facilitadoras da ação polÃtica direta.