O presente artigo aborda o conceito de angústia tema recorrente, não apenas na clínica psicanalítica atual, mas na vida cotidiana dos indivíduos. Em função de sua relevância lançamos mão de fontes por nós consideradas primárias e essencialmente importantes, a respeito do referido assunto. A partir de um olhar filosófico percorremos parte do caminho desenhado por Kierkegaard que, muito tempo atrás, em 1844, se ocupou de estudar esse conceito. Na sequência, Freud se dedica ao mesmo tema com alguns artigos provenientes de seus estudos sobre a neurose e, mais especificamente, discorreu sobre este tema de maneira primorosa em seu texto de inibição, sintoma e angústia. Dando continuidade encontramos em Lacan o que pudemos considerar “o caroço” do conceito de angústia: um afeto que não engana e que não é sem objeto. E, para concluir, recorremos a alguns autores aqui denominados contemporâneos, cujas produções estão embasadas nas fontes originais de seus criadores.
This article addresses the concept of anxiety, a recurring theme not only in current psychoanalytic clinics but also in the daily lives of individuals. Due to its relevance, we have used sources that we consider primary and essentially important regarding this subject. From a philosophical perspective, we have followed part of the path outlined by Kierkegaard, who, long ago, in 1844, studied this concept. Freud then devoted himself to the same theme with some articles stemming from his studies on neurosis and, more specifically, he discussed this theme in an exquisite manner in his text Inhibition, Symptom and Anxiety. Continuing, we find in Lacan what we can consider “the core” of the concept of anxiety: an affect that does not deceive and that is not without an object. And, to conclude, we have turned to some authors here called contemporaries, whose works are based on the original sources of their creators.
