O presente artigo busca analisar dois filmes cujas técnicas de animação estudaram novas propostas estéticas ao cinema contemporâneo, cada um à sua maneira. Pensado o cinema como uma mÃdia capaz de fazer convergir os mais diversos meios, e associando à animação o poder de representar qualquer coisa capaz de ser imaginada, assim o artigo busca nos filmes Uma Cilada Para Roger Rabbit (Who Framed Roger Rabbit, Robert Zemeckis, 1988) e O Fantasma do Futuro (Kôkaku Kidôtai, Mamoru Oshii, 1995) a descrição de um cinema digital como uma nova mÃdia, atravessando fronteiras fÃsicas e mercadológicas, capaz de produzir uma série especÃfica de sentidos previamente improváveis ao seu meio e que se predispõe, tal como o cinema sempre se predispôs, a estudar novas formas de criar imagens e signos para as mesmas.