A leitura do livro Ankoulell, o menino Fula, pode ser surpreendente para brasileiros/as comuns, ou seja, desavisados/as sobre questões africanas. Ou, visto por outro prisma, inteiramente avisados/as sobre primitivismo, ignorância, fomes e misérias, guerras “tribais”, que constituem, entre nós, imagens corriqueiras e estereotipadas daquele antigo continente. O texto questiona, então, omissões, simplismos, anacronismos e tantos desvios de conteúdos, jeitos e trejeitos pedagógicos, em currículos e em presunçosas “ciências da educação”. São comuns as desatenções epistemológicas em narrativas repletas de lacunas e distorções sobre a formação e desenvolvimento da sociedade brasileira, que desconsideram a questão etnicorracial e estereotipam “o negro”. Vale, então, problematizar agências e contextos educacionais descuidados de necessárias contextualizações e resignificações da nossa vida social. Palavras-chave: Ankoullel, o menino Fula; História da África; História e Cultura Afro-Brasileira; Racismo.