No ensino superior, o acadêmico geralmente passa por situações que podem se tornar geradoras de um processo de ansiedade em decorrência da pressão gerada pelo ambiente acadêmico. A sobrecarga de atividades, curtos prazos para entregas de demandas da faculdade dentre outros fatores são o que podem ser desencadeadores desse estado físico mental. Nesta concepção o presente trabalho objetivou analisar a prevalência de ansiedade e uso de ansiolíticos em estudantes de Biomedicina e Medicina, em que os referidos cursos têm metodologias de ensino-aprendizagem diferentes. O primeiro tem o método tradicional, e o segundo, o método de aprendizagem baseada em problemas. Foi realizada uma pesquisa exploratória, analítica e transversal de abordagem quantitativa com 90 acadêmicos matriculados no curso de Biomedicina e 172 no de Medicina, para avaliação de sintomatologia ansiosa e o uso de ansiolíticos, analisando também os fatores socioeconômicos. Foi aplicado o Inventário de Beck para Ansiedade para classificação dos níveis de ansiedade dos estudantes. Associações estatísticas foram estabelecidas pelo teste exato de Fisher. O nível de significância considerado foi de 5% (p<0,05). Não houve diferenças em relação à automedicação com ansiolíticos. Observou-se maior proporção de fases de ansiedade moderada a grave em estudantes de Biomedicina. Estudantes do curso médico não apresentaram essa fase de ansiedade. Acredita-se que tais associações significativas possam estar relacionadas também à maior frequência, no curso de Biomedicina, de mulheres, e alunos que trabalham. Essas características, portanto, podem ser mais definitivas para a sintomatologia ansiosa que o próprio método de ensino empregado pelos cursos.
In graduation school, students typically goes through situations that can result in anxiety due to the pressure related to the academic environment. The activity overload, short deadlines for deliveries college demands, and other factors can be associated with such a mental physical condition. In this conception, the present study aimed to assess the prevalence of anxiety and anxiety medications for students of Medicine and Biomedicine, where such courses have different methods of teaching and learning. The first presents the traditional method, and the second, the method of problem-based learning. An exploratory, analytical and cross-sectional survey of a quantitative approach with 90 students enrolled in the course of Biomedicine and 172 in Medicine was conducted to assess anxiety symptoms and anxiety medications, also analyzing the socioeconomic factors. The Beck Anxiety Inventory was used to classify the anxiety levels of students. Statistical associations were established by Fisher's exact test. The level of significance was 5% (p <0,05). There was no difference on the self medication with anxiolytic between the evaluated courses. It was observed a higher proportion of moderate to severe anxiety phases in students of biomedicine. Medical students did not show such anxiety phase. It is possible that these significant associations may also be related to higher frequency of women, and students who work in biomedicine. These characteristics may therefore be more definitive for anxiety symptoms than the teaching method employed by the courses.