ANTICOMUNISMO NA POLÍTICA EXTERNA BRASILEIRA: PASSADO E PRESENTE (1930-2020)

Revista Hoplos

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ISSN: 2595-699x
Editor Chefe: Danilo Sorato
Início Publicação: 01/07/2017
Periodicidade: Bianual
Área de Estudo: Ciência política

ANTICOMUNISMO NA POLÍTICA EXTERNA BRASILEIRA: PASSADO E PRESENTE (1930-2020)

Ano: 2020 | Volume: 4 | Número: 6
Autores: Danilo Sorato Oliveira Moreira
Autor Correspondente: Danilo Sorato Oliveira Moreira | [email protected]

Palavras-chave: política externa brasileira, anticomunismo, século XX, século XXI

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

O objetivo desse artigo é analisar como o Anticomunismo é reinventado no Brasil através da Política Externa Brasileira em momentos históricos diversos como o século XX e o início do século XXI. Se no século XX, a perseguição política aos comunistas mostrou-se em aparatos institucionais e em articulações com vizinhos, no século atual é percebido pelo movimento de extrema direita brasileiro, o Bolsonarismo, defensor da “desideologização” na Política Externa, por meio de uma suposta neutralidade ideológica contra países considerados bolivarianos-comunistas. A metodologia dessa pesquisa utiliza-se do método de revisão bibliográfica e do método de análise de documentos e discursos oficiais de formuladores da Política Externa Brasileira (PEB). A hipótese defendida no artigo é argumentar que o Anticomunismo na PEB é fenômeno recorrente na estratégia internacional brasileira, quando nas ações políticas internacionais aparece sobre novas formas e ressignificações ao longo do tempo. Como argumentos finais, o Anticomunismo na PEB ocorre como consequência de momentos de crise da democracia liberal e de crises econômicas do sistema internacional nos períodos assinalados, já que possibilitaram o surgimento de movimentos políticos autoritários e anticomunistas que conduzem tal política.



Resumo Inglês:

The purpose of this article is to analyze how anti-communism is reinvented in Brazil through Brazilian foreign policy at different historical moments such as the 20th century and the beginning of the 21st century. If in the 20th century, political persecution of communists was shown in institutional apparatus and in articulations with neighbors, in the current century it is perceived by the Brazilian extreme right movement, Bolsonarism, defender of “desideologization” in Foreign Policy, through a supposed ideological neutrality against countries considered Bolivarian-communists. The methodology of this research uses the method of bibliographic review and the method of analyzing documents and official speeches of formulators of the Brazilian Foreign Policy (PEB). The hypothesis defended in the article is to argue that Anti-Communism in PEB is a recurring phenomenon in Brazilian international strategy, when in international political actions it appears as new forms and resignifications over time. As final arguments, Anti-Communism in the PEB occurs as a consequence of moments of cris is in liberal democracy and economic crises in the international system in the periods indicated, since they enabled the rise of authoritarian and anti-communist political movements that conduct such policy.