Antologia escolar brasileira do século XIX: a presença do autor no preâmbulo

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Editor Chefe: Atilio Butturi Junior
Início Publicação: 31/12/1997
Periodicidade: Trimestral
Área de Estudo: Linguística

Antologia escolar brasileira do século XIX: a presença do autor no preâmbulo

Ano: 2016 | Volume: 13 | Número: 3
Autores: M. I. B. Campos, A. S. S. de Oliveira
Autor Correspondente: M. I. B. Campos, A. S. S. de Oliveira | [email protected]

Palavras-chave: antologia escolar, preâmbulo, português

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

O objetivo deste artigo é discutir como o autor do Iris Classico, uma Antologia Escolar do Século XIX, dialoga no preâmbulo da obra com seus interlocutores e, ao assumir um posicionamento valorativo, marca a sua presença. Seletas como essa constituíram as aulas de Português na segunda metade do Século XIX, quando passaram a ser adotadas nos programas de Português do Imperial Colégio de Pedro II, e uma delas foi o Iris Classico, adotado entre 1860 a 1869. Com essa investigação, entende-se como os estudos escolares do vernáculo eram desenvolvidos, além disso, é uma forma de observar quais valores sobre língua estão presentes na obra e são anunciados pelo gênero introdutório preâmbulo na fase de gestão da disciplina curricular de Português. Tendo como referencial teórico-metodológico Bakhtin e o Círculo (BAKHTIN, 2010, 2013; MEDVIÉDEV, 2012), assim como Haidar (2008) e Razzini (2000, 2002, 2010). Os resultados alcançados permitem enxergar que a interlocução, no gênero, acontece entre o autor e: o Estado, o Imperador; a escola, aluno e professor; e as correntes teóricas de sua contemporaneidade, os intelectuais. Para cada interlocutor, o autor tem um posicionamento valorativo, marcando assim sua presença.



Resumo Inglês:

This article aims to discuss how the author of Classic Iris, a School Anthology of the nineteenth century, dialogues, in the preamble of this work, with his interlocutors and, by taking an evaluative positioning, marks his presence. Choices such as this constituted the Portuguese classes in the second half of the nineteenth century, when they began to be adopted in the Portuguese programs of the Imperial College of Pedro II - one of them was Iris Classic, used between the years of 1860 and 1869. With this research, we could comprehend how school studies of the vernacular were developed, moreover, it is also a way to see which values about language are present in the book, and how they are announced by the introductory preamble gender in the management phase of the curriculum subject of Portuguese. We used Bakhtin’s Circle as our theoretical and methodological framework (BAKHTIN, 2010, 2013; MEDVIÉDEV, 2012), as well as Haidar (2008) and Razzini (2000, 2002, 2010). The results obtained show that the dialogue, within the genre, takes place between the author and: the State, the Emperor, the school, the student, and teacher; and also some theoretical currents of the contemporary, the intellectuals. For each interlocutor, the author has an evaluative positioning, marking his presence.



Resumo Espanhol:

El objetivo de este artículo discutir como el autor del Iris Classico, una antología escolar del siglo XIX, dialoga en el preámbulo de la obra con sus interlocutores y, al asumir un posicionamiento valorativo, marca su presencia. Selecciones como esa construyeron las clases de Portugués del Imperial Colegio de Pedro II, y una de ellas fue el Iris Classico, adoptado entre 1860 y 1869. Con esta investigación, se comprende cómo los estudios escolares del vernáculo eran desarrollados, además de eso, es una forma de observar cuales valores sobre la lengua están presentes en la obra y son anunciados por el género introductorio preámbulo en la fase de gestión de la asignatura curricular de Portugués. A partir del referencial teórico-metodológico propuestos por Bakhtin y el Círculo (BAKHTIN, 2010; 2013; MEDVIÉDEV, 2012), así como las proposiciones de Haidar (2008) y de Razzini (2000, 2002, 2010). Los resultados alcanzados permiten ver que la interlocución, en el género, ocurre entre el autor y el Estado, así como con el Emperador, la escuela, el alumno y el profesor; además de ocurrir entre el mismo autor y las corrientes teóricas de su contemporaneidad, lo que representa el pensamiento de los intelectuales de la época. Para cada interlocutor, el autor muestra un posicionamiento valorativo, lo que imprime su presencia en el género.