Antonin Artaud, o México e os Raramuri: questões raciais e colonialismo nas viagens de Artaud pelo México

Urdimento

Endereço:
Avenida Madre Benvenuta - 1907 - Santa Mônica
Florianópolis / SC
88035-901
Site: http://www.revistas.udesc.br/index.php/urdimento/index
Telefone: (48) 3664-8353
ISSN: 1414.5731
Editor Chefe: Vera Regina Martins Collaço
Início Publicação: 01/08/1997
Periodicidade: Quadrimestral
Área de Estudo: Linguística, Letras e Artes, Área de Estudo: Artes

Antonin Artaud, o México e os Raramuri: questões raciais e colonialismo nas viagens de Artaud pelo México

Ano: 2022 | Volume: 2 | Número: 44
Autores: Luciana da Costas Dias
Autor Correspondente: Luciana da Costas Dias | [email protected]

Palavras-chave: Antonin Artaud, colonialismo, México

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

A viagem de nove meses de Artaud através do México, geralmente tratada como uma nota de rodapé em sua biografia, precisa ser vista como sendo mais do que isso: foi um momento decisivo para os rumos de sua obra/vida. Para Jay Murphy (2017), haveria um Artaud antes e outro depois de sua jornada ao México, pois – mesmo que deixemos de lado sua “loucura” – podemos observar uma metamorfose profunda em seu trabalho, uma mudança paradigmática que engloba a evolução de um Teatro da Crueldade em direção ao conceito de Corpo sem Órgãos. Dentro deste contexto, este texto objetiva primeiramente, apresentar criticamente, em perspectiva pós-colonial, as intenções de Artaud ao buscar uma linguagem teatral primordial nos cânions mexicanos – seus limites e possibilidades; e, em segundo lugar, interrogar como as questões raciais foram problematizadas em tal busca e como elas reverberam através de seu trabalho e além, afetando e mudando profundamente o campo dos Estudos em Teatro e Performance.



Resumo Inglês:

The nine months of Artaud's travels through Mexico, usually treated as a footnote in his biography, need to be seen as more than that: they were a turning point in the direction of his work/life. For Jay Murphy (2017), there would be an Artaud before and another after his journey to Mexico, because we can observe a profound metamorphosis in his work, even if we set his “madness” aside. A paradigm shift that encompasses the evolution of a Theatre of Cruelty towards the concept of the Body without Organs. Within this context, this text first aims to critically present, in a post-colonial perspective, Artaud's intentions in seeking a primordial theatrical language in the Mexican canyons, its limits and possibilities, and secondly, to interrogate how racial issues were problematized in such a quest and how they reverberate through his work and beyond, radically affecting and changing the field of Theatre and Performance Studies.



Resumo Espanhol:

El viaje de 9 meses de Artaud a México a menudo se trata como una nota al pie de página en su biografía. Sin embargo, este debe ser visto como algo más que eso: fue un momento decisivo para la dirección de su obra/vida. Para Jay Murphy (2017), habría un Artaud antes y otro después de su viaje a México, pues –aunque dejemos de lado su “locura”– podemos observar una profunda metamorfosis en su obra, un cambio de paradigma que engloba la evolución de un Teatro de la Crueldad hacia el concepto de Cuerpo sin Órganos. Por lo tanto, y dentro de este contexto, este texto tiene como objetivo primero presentar críticamente, en una perspectiva poscolonial, las intenciones de Artaud en la búsqueda de un lenguaje teatral primordial en los cañones mexicanos: sus límites y posibilidades; y en segundo lugar, interrogar cómo se problematizaron los temas raciales en tal búsqueda y cómo reverberaron a través de su trabajo y más allá, afectando y cambiando radicalmente el campo de los Estudios de Teatro y Performance.