Introdução: Ansiedade e sepse são importantes problemas de saúde pública que apresentam alta morbidade, mortalidade e repercussões econômicas significativas. O presente estudo investigou a presença de dano oxidativo em órgãos periféricos em duas linhagens de animais criados para respostas de alta (CHF) e baixa (CLF) ansiedade associado a sepse. Métodos: Os animais foram submetidos a sham (controle) ou sepse por ligação e perfuração cecal (CLP). 24 horas e 10 dias após a sepse os animais foram eutanasiados e estruturas foram removidas: adrenal, rim, pulmão, soro e coração para a determinação dos níveis de proteínas carboniladas e adrenal para verificação do peso dessa estrutura. Resultados: A sepse aumentou o dano oxidativo em diferentes órgãos sistêmicos, incluindo o soro. Não houve um aumento significativo de proteínas carbonilas no coração e nos rins. Fenótipo ansioso potencializa esse dano. Conclusão: Esses achados sugerem que um fenótipo ansioso associado a sepse pode induzir dano mais pronunciado aos órgãos e promover mais alterações no eixo HPA. Esses achados podem ajudar a explicar, pelo menos em parte, o ponto comum dos mecanismos envolvidos na fisiopatologia da sepse e da ansiedade.
Introduction: Anxiety and sepsis are important public health problems that present high morbidity, mortality and significant economic repercussions. The present study investigated the presence of oxidative damage in peripheral organs in two lines of animals that are bred for high and low freezing responses to contextual cues that are previously associated with foot shock (Carioca High-conditioned Freezing [CHF] and Carioca Low-conditioned Freezing [CLF]) associated to sepsis. Methods: Animals were subject to sepsis by the cecal ligation and perforation (CLP) or sham operated. 24 hours and 10 days after sepsis animals were euthanized and removed adrenal, kidney, lung, serum, heart for the determination of carbonyl protein levels and adrenal for check weight this structure. Results: Sepsis increased oxidative damage in different systemic organs, included serum. There wasn’t a significant increase in protein carbonyls in heart and kidney. Anxious phenotype potentiates this damage. Conclusion: These findings suggest that an anxious phenotype plus sepsis may induce more pronounced organs damage, and promote more alterations in the HPA axis. These findings may help to explain, at least in part, the common point of the mechanisms involved with the pathophysiology of sepsis and anxiety.