Apartheid, rigidez classificatória e branquidade incômoda da comunidade portuguesa na África do Sul

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ISSN: 2595-315X
Editor Chefe: Maria Caroline Marmerolli Tresoldi
Início Publicação: 23/09/2020
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Ciências Humanas

Apartheid, rigidez classificatória e branquidade incômoda da comunidade portuguesa na África do Sul

Ano: 2005 | Volume: 13 | Número: 25
Autores: Silva, Marcos Toffoli Simoens da
Autor Correspondente: Marcos Toffoli Simoens da Silva | [email protected]

Palavras-chave: Apartheid, Classificação racial, Comunidade portuguesa, África do Sul

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

O Apartheid é mundialmente conhecido pela implementação de um sistema racial rígido, responsável pela separação entre os grupos da África do Sul e pela subordinação das populações não-brancas aos interesses da minoria. Na realidade criada pelos teóricos da segregação, cada raça assumiria uma posição estática dentro do sistema classificatório nacional, como se brancos, negros, mestiços (coloureds) e indianos correspondessem a universos autônomos, fechados à interferência e à influência dos demais.

O texto, assim, propõe a reflexão acerca dessa rigidez classificatória, a partir de uma comunidade que assumiu um papel ambíguo: a comunidade portuguesa. Como podemos pensar uma realidade racialmente rígida a partir de suas margens? Se os princípios segregacionistas pregavam a plena integração dos indivíduos aos grupos raciais politicamente definidos, como pensar uma comunidade que colocava em cheque a rigidez identitária e, conseqüentemente, o próprio pilar de sustentação do sistema? Pretendemos responder essas perguntas, sinalizando para a complexidade de uma das comunidades menos conhecidas da África do Sul.