Os trabalhos cientÃficos sobre a sexualidade da pessoa com deficiência intelectual são em sua maioria teóricos ou direcionados a investigar o pensamento de pais e profissionais e seu modo de proceder. Poucos estudos têm o objetivo de compreender quais são as experiências, necessidades e sentimentos que as próprias pessoas com deficiência intelectual têm frente a sua sexualidade. Este artigo teve como objetivo investigar a compreensão que as pessoas com deficiência intelectual têm a respeito da sua sexualidade. Por meio do método fenomenológico foram entrevistadas pessoas jovens com deficiência intelectual de uma escola especial na cidade de Curitiba, estado do Paraná. A análise dos dados deu-se conforme as premissas estabelecidas pelo método escolhido. Como resultado, os participantes trouxeram suas compreensões e necessidades em relação a três categorias: namoro, experiência sexual e casamento. Discute-se que as pessoas com deficiência intelectual têm uma representação e vivência a respeito de sua sexualidade que precisam ser consideradas ao se trabalhar com os mesmos. Evidenciou-se a importância de redimensionar os serviços educacionais e terapêuticos voltados a essas pessoas, com base em uma compreensão global das questões relacionadas à saúde sexual da população em estudo, por meio de um trabalho que envolva a equipe médica e educativa, os familiares e principalmente a própria pessoa com deficiência intelectual.