Neste texto discutimos algumas das possibilidades de abordagem teórica e metodológica do fenômeno urbano. Partimos da articulação do pensamento de alguns autores como Lefebvre, Harvey, Simmel, Soja, Castells, et al., que se dedicaram ao estudo da cidade, tendo como problemática central as formas possíveis de enxergá-la: como e de onde olhá-la. Apresentamos, na primeira parte, visões que partem da cotidianidade urbana e acabam por revelar regularidades e universalidades. Na segunda parte, trazemos para o debate, principalmente, o pensamento da escola francesa de sociologia urbana, que trata o fenômeno urbano como uma realidade estruturada e estruturante pelo modo de produção capitalista. Por fim, propomos uma perspectiva que pense a cidade a partir do estudo de uma cotidianidade contextualizada, em que os corpos, subjetividades e sujeitos espacializados sejam o objeto privilegiado, capaz de revelar a densidade das contradições sociais.
In this text we discuss some of the possibilities of a theoretical and methodological approach of the urban phenomenon. We start from the articulation of the thinking of some authors such as Lefebvre, Harvey, Simmel, Soja, Castells, et al. who have dedicated themselves to the study of the city, having as central problematic the possible ways to see it: how and where to look at it. We present, in the first part, visions that depart from the urban everyday life and end up revealing regularities and universality. In the second part, we bring to the debate, mainly, the thought of the French school of urban sociology, which treats the urban phenomenon as a structured and structuring reality by the capitalist mode of production. Finally, we propose a perspective that considers the city from the study of a contextualized daily life, in which the bodies, subjectivities and subjects are the privileged methodological point of view, capable of revealing the density of social contradictions.