O artigo visa mostrar que há uma indissociabilidade entre a concepção marxiana de “estranhamento” (Entfremdung) e as reflexões de Marx sobre o Estado, uma vez que ambos remetem a um antagonismo entre indivíduo e gênero humano. Pretende-se demonstrar que tal relação se encontra não só nos textos do pensador alemão da década de 1840, onde a temática do homem estranhado aparece de forma explícita, mas também em sua obra madura, pois que presente também em seu estudo da Comuna de Paris, no qual esta é descrita como uma reabsorção, pelo povo, de sua vida social, na linha de sua anterior concepção acerca da emancipação humana.
The article intends to show that there is a necessary relation between the Marxian conception of ―estrangement‖ (Entfremdung) and Marx‘s reflections on the State, as both refer to an antagonism between the individual and the human species. It intends to demonstrate that such a relation is not only in his 1840‘s texts, where the problem of the estranged man is explicitly put, but also in his mature work, as it is also present in his studies on the Paris Commune, in which the latter is described as a reabsorption, by the people, of their social life, following his previous conception of human emancipation.