Este artigo compartilha reflexões que dão conta do imbricamento material e simbólico entre conceitos relacionados ao direito à moradia digna em um ambiente saudável, ao desenvolvimento industrial e aos riscos ambientais que guiam a polÃtica de reassentamento dos habitantes da villa Inflamable, no contexto do plano integral de saneamento ambiental para a bacia do rio Matanza-Riachuelo (Buenos Aires). Além disso, são dadas respostas iniciais à s seguintes perguntas: quais são os conceitos de natureza que os atores envolvidos, principalmente os do governo local e nacional,
adotam na polÃtica de remoção? Qual é o paradigma predominante das relações humano-ambientais que fazem esses conceitos compreensÃveis? E o que nos diz o caso de villa Inflamable sobre processos de remoção populacional por projetos de grande escala, entendidos como polÃticas de acumulação por desapropriação, nos termos de Harvey (2004)?