Os estágios de desenvolvimento do ser humano, desde o
primitivo até o tecnológico, possuem uma estreita correlação com o
consumo de energia. Comparando-se o nÃvel de desenvolvimento das
nações industrializadas com o dos demais paÃses constata-se que aquelas,
com apenas 16% da população mundial, consomem 50% dos recursos
mundiais e ostentam os mais altos Ãndices de Desenvolvimento Humano
(IDH). A análise dos Ãndices de consumo de energia per capita com os do
IDH, evidencia que a forma de alcançar o bem estar dos povos
desenvolvidos está alicerçado em um exacerbado consumo dos recursos
energéticos e um notório egoÃsmo quanto a preservação de seu “status
quoâ€. O processo histórico particular de cada nação pobre impõe um ônus
de difÃcil reversão dentro da atual conjuntura polÃtica mundial. Isso
porque a questão energética assume caracter de soberania e desafio para
os paÃses em desenvolvimento e subdesenvolvidos, que necessitam
crescer economicamente para sair dos Ãndices de pobreza humana. A
eficiência energética das novas tecnologias se coloca como uma
alternativa de conservação da energia e de respeito aos limites dos
ecossistemas, mas não se constituiu na solução para a exclusão social de
grande parte da humanidade. A sustentabilidade supõe uma nova
estrutura social e de poder, com um sistema ético que conduz a direitos
igualitários de qualidade de vida para toda a sociedade global.