Pensar em alfabetização e letramento para a grande maioria dos educadores envolve unicamente os procedimentos de escritas e narrativas da oralidade e suas transcrições numa perspectiva colonialista. Com frequência se exclui aquela que é considerada a nossa segunda língua oficial; a língua brasileira de sinais – LIBRAS. Nas últimas décadas aumentou a oferta e a procura nas escolas e instituições responsáveis pela formação, no ensino infantil, por uma segunda língua ou o bilinguismo. Essa procura atende a uma preferência quase sempre de um segundo idioma, seja ele de língua inglesa, francesa ou de qualquer outra língua com matriz europeia. Criou-se, então, ao que parece, uma ideia errônea e deturpada em relação ao estrangeirismo no bilinguismo do Brasil. Esse trabalho se propõe a apresentar a importância do reconhecimento e da aquisição das libras já na educação infantil formal como a modalidade na qual ela pertence: a segunda língua brasileira. Para isso recorre-se a um levantamento bibliográfico e por meio de uma análise crítica da revisão de literatura existente aponta-se para a necessidade da inclusão já nos primeiros anos da educação infantil. De maneira que as escolas invistam em projetos educacionais que priorizem o ensino das LIBRAS para todas as crianças, ouvinte e surdas, e que esse aluno se aproprie e se familiarize desde cedo, no intuito de construir possibilidades de interação por meio de um ensino de qualidade e com foco na humanização e no desenvolvimento de habilidades motoras e cognitivas para além da oralidade. Por meio dessas ações e da formalização e inclusão delas nos PPP’s das escolas, é que a educação inclusiva se torna uma realidade bilateral; para surdos e ouvintes, sem distinções ou barreiras.