O inÃcio da década de 1850 marca o momento em que os intelectuais da Geração de 1837 disputavam qual seria o melhor projeto para civilizar e organizar a incipiente nação argentina. Este artigo pretende explorar as redefinições conceituais que ocorrem naquele momento, no discurso polÃtico de Domingo Faustino Sarmiento, através da análise de Facundo e Argirópolis, duas de suas principais obras. A principal hipótese é a de que as alterações na sua maneira de pensar e narrar a história, se relacionam com a expansão do espaço para a ação humana no seu projeto para civilizar a região do Prata. Assim, Argirópolis expressaria a utopia de transformar o deserto de sociabilidade descrito no Facundo, em uma civilização.
The beginning of the 1850´s marks the moment when several intellectuals of the 1837 Generation
disputed, on the Plata region context, which project was the best to civilize and organize the
emerging Argentine nation. This article intends to explore the conceptual redefinitions which
ocurred at that moment in Sarmiento´s political discourse, through the analysis of Facundo and
Argirópolis – two of his most important works. The main hypothesis is that the changes in his
way of dealing with history were related to an expansion of the role of human actions in his
project to civilize the Plata region. Thus, Argirópolis expresses the utopia of turning what he
describes in Facundo as a desert of nonexistent sociability, into a civilization.