Utilizando-se de uma metodologia adaptada de Reis (2003) e da crítica à objetividade científica e ao modelo androcêntrico de questionamento e interpretação dos contextos arqueológicos, este trabalho busca compreender como está se desenvolvendo a Arqueologia de Gênero que vem sendo publicada nas revistas e periódicos associados à instituições de graduação, pós-graduação e pesquisa em Arqueologia no Brasil, com base em um levantamento bibliográfico. A análise pôde gerar dados acerca das principais linhas teóricas desenvolvidas no campo de Gênero, que se mostrou de caráter pós-processualista e pautado na segunda onda Feminista, que tiveram como intenção o rompimento com a objetividade científica e a localização da mulheres como foco das interpretações dos contextos pesquisados. Também introduz o debate sobre as relações entre colonialismo, Gênero, raça e classe, assim como a aplicação da teoria queer para a arqueologia de Gênero no Brasil.