Arqueologia enquanto prática social; em busca de dinâmicas colaborativas

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ISSN: 15193276
Editor Chefe: Teresinha Maria Duarte
Início Publicação: 30/04/2001
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: História

Arqueologia enquanto prática social; em busca de dinâmicas colaborativas

Ano: 2014 | Volume: 14 | Número: 2
Autores: C.C.Jacques
Autor Correspondente: C.C.Jacques | [email protected]

Palavras-chave: arqueologia; colaboração; práticas educativas; comunidade quilombola; Amapá.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Durante as pesquisas de campo em arqueologia, pesquisadores vêm
constatando uma crescente apropriação e ressignificação dos vestígios arqueoló-
gicos pelas comunidades locais, não só como testemunhos da sua história, mas
também como elementos importantes nas demandas pelo reconhecimento de
territórios e melhorias de condição de vida. Tendo em vista esta demanda, os
arqueólogos têm discutido estratégias metodológicas participativas e colaborativas
como alternativas para uma maior interação com os interlocutores, de forma
que sejam beneficiados ambos lados interessados na pesquisa. Situado neste
contexto, o presente artigo busca refletir sobre estas metodologias a partir da
experiência de pesquisa na Comunidade Quilombola de Cinco Chagas do Matapi,
Amapá. Em especial, são abordados aspectos caros à prática da etnografia no
que diz respeito a relação do pesquisador com os interlocutores, como a relação
de alteridade, dialogia e autoridade. Estas reflexões estão relacionadas, também,
à metodologias educativas alternativas, onde as diferentes formas de transmissão
do conhecimento local são veículos importantes para entendermos os diferentes
significados dos vestígios arqueológicos para as comunidades, bem como são
essenciais para uma relação de comunicação mais inclusiva entre pesquisador e
interlocutores.



Resumo Inglês:

During archaeological field research, researchers have been noticing
that archaeological findings have increasingly been given new meanings and
appropriations by local communities not only as a testimony of their history,
but also as important elements in demands of land recognition and to improve
social welfare. Given these demands, archaeologists have been discussing participatory
and collaborative methodological strategies as alternatives to a major
interaction among interlocutors in a way that both sides may have benefits
from the research. This present article seeks to reflect about these methodologies from an experience taken in a local community called Comunidade Quilombola
de Cinco Chagas do Matapi, in the Amapá State, Brazil. Important aspects of
ethnography are approached concerning the relation of researches and various
interlocutors that includes alterity, dialogy and authority. These discussions are
also related to alternative education methodologies, where different ways of
knowledge transmission are important mechanisms to understand the different
meanings of archaeological evidences to communities. It is also imperative to a
more inclusive relation between researchers and various interlocutors.



Resumo Espanhol:

Durante la investigación de campo en arqueología, los investigadores
están constatando una redefinición de los significados de las evidencias
arqueológicas y apropiación cada vez mayor por las comunidades locales Eso
ocurre no sólo como testigos de su historia, sino también como elementos importantes
en la demanda de reconocimiento de los territorios y la mejora de las
condiciones de vida. Ante esta demanda, los arqueólogos han discutido estrategias
metodológicas participativas y colaborativas como alternativas para una
mayor interacción con los interlocutores, por lo que se benefician ambas partes
interesadas en la investigación. Situado en este contexto, el presente artículo tiene
como objetivo reflexionar sobre estas metodologías a partir de la experiencia
de campaña en la Comunidade Quilombola de Cinco Chagas do Matapi, Amapá,
Brazil. En particular, son planteados aspectos centrales de la práctica etnográfica
concerniente a la relación entre el investigador y los interlocutores, como
la relación de alteridad, el dialogismo y la autoridad. Estas reflexiones se refieren
también a los enfoques educativos alternativos, donde las diferentes formas de
transmisión del conocimiento local son vehículos importantes para comprender
los varios significados de los testigos arqueológicos para las comunidades, y son
esenciales para una relación de comunicación más inclusiva entre los investigadores
y los grupos interesados.