Este artigo propõe-se a olhar para a brincadeira popular do Boi-de- mamão, tradicional no litoral catarinense, do grupo Arreda Boi da localidade da Barra da Lagoa, situada no município de Florianópolis (SC), a partir da minha experiência na condição de artista, arte educadora e brincante participante do grupo, num período onde a arte e a cultura popular estiveram muito próximas das políticas públicas de cultura. Esse olhar visa refletir sobre a permanência da brincadeira na comunidade, analisando os períodos de existência do grupo e traçar alguns questionamentos no que se refere à sustentabilidade, desenvolvimento e transformações na estrutura do grupo, abordando o conceito de brincadeira e jogo num aspecto de resistência frente à pressão das elites para a homogeneização da cultura.
This article aims to look at the popular play of the Boi-de-Mamão, traditional on the coast of Santa Catarina, Brazil, made by Arreda Boi group of Barra da Lagoa, located in Florianópolis (SC), from my experience in the lead as an artist, art educator and joking participant of the group, in a period where popular art and culture were very close to the public politics of culture. This view aims to reflect on the permanence of play in the community, analyzing the periods of existence of the group and draw some questions regarding the sustainability, devel-opment and changes in the group structure, addressing the concept of joke and play in an aspect of resistance against to the pressure of the elites for the homogenization of the culture.